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Mostrando postagens de janeiro, 2015

É Natal

É  Natal. Mesmo que não quisesse, é Natal.  Tudo me mostra isso.  Ligo a TV e logo as propagandas me dizem que é Natal.  Nas ruas, nas árvores iluminadas, na fachada dos shoppings e das casas, o piscar de milhares de lâmpadas me dizem que é Natal. De resto, não vejo grandes diferenças.  As pessoas andam estressadas, o trânsito cada vez mais engarrafado, o som urbano invade tudo com seu concerto de buzinas, sirenes, conversas e megafones, a única coisa que parece mudar é que tudo se acelera um pouco mais nessa época, que tem mais gente nas ruas e menos mendigos nas calçadas. Claro que não me iludo quanto à redução de mendigos.  É praxe dos governos expulsarem seus mendigos, sua população de rua, esse tipo de gente que atira na nossa cara o despudor de nossa indiferença diuturna durante o restante do ano.  A cidade precisa estar limpa para receber o espírito do Natal e os turistas e esses espíritos de porco não vão sujar nossa paisagem. Então é Natal.  Não tem co

Volver à esquerda

Volver à esquerda. Dificilmente a mídia será regulada no Brasil. Os mais progressistas sabem da importância que isso tem.  Temos uma mídia que cumpre o papel de preservar o status quo que coloca de um lado aqueles 10 por cento mais ricos da população brasileira detêm mais de 75 por cento da riqueza do país, e de outro os 90 por cento que vivem com apenas 25 por cento que sobra dessa conta. Não é de se estranhar que qualquer movimento político que vise diminuir esse abismo sofra imediatamente um linchamento midiático.  É uma ideologia. A ideologia de dividir para enfraquecer. O povo foi e é o alvo primário, e, se fragilizado pela ausência de liderança firme e coesa, vira mesmo massa de manobra.  Como uma boiada em estouro.  Dividiram sim, e facilmente. E essa estratégia, antes, minara o próprio PT a começar pela CNB que foi atropelada por não perceber que o princípio estava em andamento. O PT começou a ruir, por dentro.  Não resistiu por esfacelamento.  A coesão de

Final de parceria

Final de parceria. Tivemos vitórias inesquecíveis: greve, diretas já, chegamos juntos e estamos no governo há mais de 12 anos. Foi bom enquanto durou. Mas agora, assim como uma história bonita de amor, chegamos ao fim. Não me abalo, o que não pode morrer são meus sonhos e minha capacidade de sonhar e lutar para que se tornem realidade. Minha vida tem sido assim e vai continuar assim. Em seu discurso de posse a Presidenta Dilma afirmou que não tocaria nos direitos trabalh istas e previdenciários dos trabalhadores. Muito bem. Mas quando 2014 se despedia do céu do tempo, vi que: 1) o período para o trabalhador poder pedir o seguro-desemprego pela primeira vez triplicou - de 6 para 18 meses; “carência” de 24 meses de contribuição do segurado para que o dependente obtenha os recursos - hoje basta que o trabalhador esteja contribuindo; uma nova regra de cálculo reduz o benefício que a família do trabalhador receberia, de "100% do salário de benefício para 50% mais 10% por depe