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Mostrando postagens de dezembro, 2005
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NOSSA PARTE NA BARBÁRIE. por Paulo David. Quando os policiais civis Fernando Guilherme Medeiros Queiroz e Luiz Hermes Ferraz Dantas saíram de suas casas para trabalhar em nosso nome, na terça feira passada, dia 27 de dezembro de 2005, não sabiam que perderiam a vida naquela manhã. Ambos foram cruel e covardemente assassinados por um bando que, armado de fuzis e pistolas, “tentavam resgatar um preso na porta do Fórum da Ilha do Governador”, segundo as autoridades. Como de praxe, no discurso de sempre quando nossos policiais são covardemente assassinados, o ilustre secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, disse que houve falha na escolta dos presos e determinou ao chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, que fosse aberta uma sindicância para apurar o caso. Ou seja, como de hábito deixam a casa cair para depois levantar, quando o óbvio seria não permitir sua queda. Ao final, o blá blá blá de sempre. O inquérito? Vai redundar em nada! E por qual razão vai redundar em nada? Não se pune
MEU CARTÃO DE NATAL... por Paulo David. Não sei muito bem procurar cartões, Desses lindos que muitos já enviaram para mim, Para retribuir. Não sei desenhar ou pintar. Sei amar e viver, E ser grato à vida e a você, Que não se esqueceram de mim... No entanto pegarei um céu azul, Bonito, com nuvens no horizonte Já avermelhadas pelo sol poente. Colocarei sob o céu, As nuvens e o sol, Um vale e nele um lago azul Onde esse mesmo céu se espelha e se embriaga Observando o esplendor de si próprio, De sua própria beleza indizível. Agora planto uma floresta Esverdeando tudo. E montanhas ao longe também virgens em seu verdor De mata ainda intocada pelo homem. Só pelo vento. Coloco pássaros cortando a vermelhidão do ocaso E um perfume de flores conduzido pela brisa Que por gosto ou acaso Atravessa a floresta e impregna o ar. O canto das aves E todos os sons das matas Fazem a sinfonia nesse quadro E, num solo, ao longe A orquestra se completa com a queda Das águas da cachoeira distante Onde, por so
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NÓS? SOMOS “OS OUTROS”... por Paulo David. Estamos em mês de festas. Existe no ar algo inebriante que faz nossa alma divagar, que faz com que adormeçamos em sonhos e despertemos em festa. O cerne da felicidade e da realização utópica nos transpassa o coração que dança no fluir de nossa embriaguez. O Natal é lindo, o Ano Novo é lindo, tudo fica mais lindo, até o pôr-do-sol. Tudo fica diferente e mágico. As árvores iluminadas por micro lâmpadas, a fachada dos prédios e das casas, a maior árvore de natal flutuante do mundo! Nós somos o máximo! A vida é o máximo! O ano que vem será o máximo! Tudo pensado assim e vivido assim, como no ano passado e nos outros já passados anos também. O nome disso: esperança. Eu amo a esperança, tanto quanto qualquer um. Conto com ela, como todos nós. Até por que ela será a penúltima que verei morrer antes de mim... Lembro que me despedi de 2004 com amargura. O fato que mais me marcara não ocorrera no Iraque, mas na minha cara, num bairro cha
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HOJE É DIA DA JUSTIÇA: PREPAREM SEUS TAMBORINS ! por Paulo David. Hoje é dia 8 de dezembro, data em que se comemora o Dia da Justiça, Dia Nacional da Família, dia que também é o de Nossa Senhora da Conceição. Isso me transporta ao quanto nosso povo é religioso. Gosto de nosso povo cristão, católico, candoblecista, umbandista, kardecista e com outros segmentos mais de religiosidade pungente, tão mestiço quanto nossa gente, que envaidecido chega a afirmar, de forma altiva e parcialíssima que “Deus é Brasileiro!”. Cada qual em sua religiosidade afirma a bondade de Deus e o maravilhoso pai que Ele é. O Pai do Amor, o Pai da paz, o Pai do Perdão. Somo mesmos abençoados. Também, pudera, com tantos caminhos que temos para nos religarmos a Ele, seria inconcebível um país com menos cataclismos que o nosso e com pessoas melhores que nós, em qualquer recanto dessa terra sem fim. Se os palestinos e judeus que estão se matando no oriente médio tivessem idéia do que a
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ATÉ A MINHA ÚLTIMA VALSA! por Paulo da Vida Athos. Queria chegar como uma brisa ligeira para agradecer a cada um de vocês por tê-los como amigos, por não estar só em minhas lutas. Queria mais. Muito mais. Queria colocar uma medalha de Honra ao Mérito no peito de cada um e uma coroa de louros na fronte de cada um, por que vocês são pessoas mais que únicas, são especiais. Falo não só da capacidade intelectual que vislumbro em suas digas, em suas palavras, na força que elas me dão; falo é do interior de cada um; da beleza infinita e única que vejo em cada um de vocês; nessa capacidade de se dar, de se entregar, de doar amor, de se doar ao outro: sem nada pedir. Não parece, mas cada palavra pronunciada ou escrita tem seu lugar na eternidade e ecoa nos espaços e na humanidade, passando de ser para ser, de homem para homem, de mulher para mulher, cirandando com as crianças e sussurrando a frase chave: -“Nós tornaremos o mundo melhor!”
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DIRCEU, A DEMOCRACIA E NÓS Por Paulo da Vida Athos O espaço de nossas utopias é o espaço em que a coragem e o sonho dividem nosso coração. Quanto maior a coragem e a capacidade de sonhar, tanto maior é o espaço que temos para colocar nossos ideais. Uns os têm muito grandes, outros, quase nenhum espaço ou ele é muito acanhado. A manifestação da Justiça, e falo na mais importante que é a Justiça Social, é estrutural. Não reside no espaço de um tempo breve, mas naquilo que tem nela a sua qualidade maior: a perpetuação. A conjuntura derrubou José Dirceu, mas o que é conjuntural tem a qualidade do que é passageiro. O tempo é quem determinará a perpetuação ou o ostracismo do que no homem existe ou fez, através da História. Creio que ela estará ao lado de José Dirceu e de Lula. O que vimos ontem no Congresso nacional já tem dois fatores para que a História perpetue aqueles fatos. Primeiro, a própria trajetória de vida de José Dirceu; f