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Mostrando postagens de 2016

Ano macunaíma

Ano Macunaíma Ouvi gente maldizer as horas do tempo desse ano que se despede deixando marcas nas praças e nas gentes, como fosse ele amaldiçoado, um pária, despojado até do direito de ter passado, de ser lembrado.   -"Ano macunaíma, sonso e cretino assim, nem deveria ter existido", ouvi numa esquina, de duas mulheres vestindo camisetas verde-amarelas. Realmente 2016 foi um ano ladeira abaixo para a maioria: os pobres, os banidos, os excluídos, as minorias que fazem parte dessa maioria de despossuídos de direitos que formam a grande base da pirâmide: a massa. A bandeira da luta de séculos em busca de alguma justiça e igualdade social não resistiu desfraldada muito tempo; pouco mais de uma década e, durante ela, não passou uma semana inteira sem que sofresse atentados. Uma, duas vezes, três vezes!  Mas, quatro vezes era insuportável.  Que negócio é esse de sairem da senzala? do jugo?  Que papo é esse de  invadirem meu shopping?  Minha praia vá lá, água e areia te

Reaja, ainda que sozinho

Reaja, ainda que sozinho.

Penúria

Penúria Não precisou  muito pra vida se vestir em festa, bastou meus olhos encontrar os teus e a luz da tarde se misturar com a luz de teu olhar enquanto o meu olhar se perdia no desenho de tua boca. Tua presença é como sol que rasga sombras e tintura cores, revelando que tua ausência deveria ser banida por decreto, do céu de minha vida. Dá pena ver, que não te ver, transforma minha vida em pena. (Paulo da Vida Athos)