quinta-feira, dezembro 31, 2009

Não tente mudar seu amor...


Minha amiga,

Que posso desejar na vida de uma mulher-menina, que não seja amor, muito amor?

Sim, é isso! Que sejam dias e meses de amor todo o novo tempo que breve será inaugurado em sua vida; que esse novo ano tenha um nome: amor.

E que você viva esse amor, de forma vívida e farta, e que dele não se farte nunca e que ele jamais lhe falte.

E, não tente mudar nada.

Ao tentarmos mudar o objeto de nosso amor, ele deixa de ser o que o nosso amor amou e então pode ser desamado, independente de nossa vontade.

Faça isso. A passagem do tempo não muda o amor.

Nós o fazemos.

E, nem sempre é o melhor...

Beijos!

quarta-feira, dezembro 30, 2009


“Viver não é preciso...”


Na verdade, a ausência é apenas de mim, não de meus sonhos ou de seus sonhos que são onipresentes em nós e tem a imortalidade que transcende o tempo que usamos da eternidade. Com um detalhe, quando realizados, os sonhos deixam de ser sonhos e tem sua morte decretada apenas por ela, pela realização, e passam a freqüentar a vida.

Ao passarem a esse estágio, não mais nos pertencem nem a eles pertencemos. Eles pertencem a todos que sonharam juntos sua realização. Nós passamos a abrigar novos sonhos que se aninham em nosso espírito e nos arregimentam para novas auroras que se desfraldam como bandeiras no amanhã.

Sim, minha amiga, temos os pés no presente mas nosso coração e nossa mente estão no futuro. Assim que o cansaço nos alcançar, passaremos o bastão que nos entregaram no ontem e eles continuarão, sempre num tempo futuro, a pavimentar uma estrada que conduz a um amanhã onde não haverá fome nem guerra, nem prisões nem desigualdades, em que o paraíso prometido será aqui mesmo, onde haverá harmonia entre a humanidade consigo mesma e a natureza: a comunhão entre o homem e o divino no homem, e assim vivermos o que bem traduziu suas palavras, não um pais, mas um mundo “mais fraterno, mais lúcido, mais solidário, mais consciente”.

Para tanto é necessário que continuemos “persistentes sonhadores” exercendo “o direito lícito e legal de acreditarmos que a harmonia seja possível”, como você disse.

E, como disse Pessoa: “- Viver não é preciso...”

Beijos.

Paulo da Vida Athos

terça-feira, dezembro 29, 2009




Unidade de Polícia Pacificadora, UPP, um facho de luz em 2009. A Vida e o Rio agradecem


Um facho de luz em 2009, para 2010... 11... 12... 13...


O ano de 2009 vai se esvaindo no céu do tempo, é seu ocaso. Não sinto muito orgulho da história que escrevemos nele. A humanidade tem muito pouco para sentir orgulho do legado que a 2009 emprestamos. Sim, nós o fizemos. Nós escrevemos a história que nele inserimos, na página de cada dia, compondo coletivamente os títulos e subtítulos, as semanas e os meses, de mais um tomo da história que nós, independente de credo e de raça, quer por ação, quer por omissão, escrevemos juntos.

Fica muito fácil culpar o ano que finda, que não pode se defender, por todas as culpas do homem. Mas o ano nada faz que obedecer a marcha do tempo, com todas as suas estações, desde o tempo em que não nos preocupávamos com a camada de ozônio e Copenhagen era, na minha infância, sinônimo do melhor chocolate que existia. Essa marcha é marcada ora pelo homem através de sua atuação no mundo exterior, no ambiente em que vive, alterando-o ora para melhor ora para pior; ou pela própria natureza ora em seu curso normal, ora rebelando-se contra a ação do homem. O resutado dessa atuação humana que repercute na vida do planeta e de cada um de nós, chama-se fato.

Para muitos o fato mais marcante de 2009 foi a morte de Michael Jackson. Foi realmente marcante. Ele era especial. Com sua música e sua dança fez do mundo um grande palco e, da vida, um show que durou toda sua existência, entre sombras e luzes, fumaça de gelo-seco e megawatts, entre drogas e sonhos, até que de um desses últimos não conseguiu despertar.

Muitos outros fatos dividem a opinião de todos: a nova gripe H1N1, as enchentes no Brasil, a tragédia com o 447 da Air France, o indizível Prêmio Nobel da Paz para Barack Obama, o tsunami na Oceania, o Rio eleito sede das Olimpíadas 2016, a crise econômica mundial, o helicóptero da polícia abatido no Rio, a revelação de que a polícia do Rio de Janeiro é a que mais mata do mundo, ou que as balas perdidas são o pesadelo maior do carioca.

Esse negócio da bala perdida e realmente terrível. Pior: corriqueiro. Tanto que a rotina colocou seus registros quase que no roda-pé dos noticiários... e isso quando são mencionados. Lembro bem como começou a ceifar vidas em 2009. Muitos nem se lembram que foi justamente no Réveillon passado que Irani Pereira da Silva foi atingida na cabeça, dentro de casa, em Costa Barros, um subúrbio do Rio, perdendo a vida. Aliás, só na festa da virada na Praia de Copacabana foram registrados cinco feridos no início de 2009.

Quanto a violência policial, dados do ISP indicaram que nos últimos 10 anos foram mais de 10 mil mortes cometidas pela polícia, com um aumento nos últimos anos durante a chamada "política de enfrentamento" do atual governo estadual.

Comumente a parte mais influente da sociedade vocifera que não basta mais pena: "o negócio é a pena de morte!", brada ensandecida pela comoção de alguma violência fora do “normal”, como se houvesse menor ou maior repúdio ou hediondez de um homicídio para outro. A dor e a lágrima de uma mãe que perde um filho, é igual, independente da arma que disparou a bala, independente da idade ou da posição social.

Recordo de um participante de reality show ter afirmado, tempos atrás, que as pessoas que estavam aqui fora não imaginavam “o quanto era difícil permanecer cinco semanas confinados naquele espaço”. Na mesma hora pensei no Presídio Central em Porto Alegre que tem capacidade para abrigar 1,7 mil presos e, atualmente, de acordo com dados da Secretaria estadual de Segurança Pública gaúcha, abriga cerca de 5 mil. Aliás, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário o colocou como o pior presídio do Brasil. Nesse ranking figuram: em segundo lugar, a Colônia Agrícola de Campo Grande (MS); e em terceiro, o Distrito de Contagem (MG), a Delegacia de Valparaíso (GO), a 52ª Delegacia de Polícia em Nova Iguaçu (RJ) e a 53ª Delegacia de Polícia de Caxias (RJ).

Enquanto isso, políticos do senado tupiniquim querem mais pena para o crime organizado e crimes contra a honra (deles, por certo), como se não bastasse as que já temos. Nossos legisladores não tem a menor idéia de que pena não ressocializa, que o crime é subproduto da desigualdade social e que desigualdade social não se reduz com prisão. Na verdade, criminaliza a pobreza.

Ao longo de anos vimos denunciado essa prática de invasões e caveirões em nossos guetos e favelas, incentivadas pela histeria ou pelo silêncio cínico e conivente da classe média e alta da burguesia carioca. A morte de crianças e inocentes é mero efeito colateral. As mortes em confronto, na média de mil por ano, são necessárias.

Aliás, tudo muito de acordo com o mesmo cinismo contido na concessão do Prêmio Nobel da Paz para Barack Obama: “vamos fazer a paz através da guerra!” O mesmo que acender a luz para ver o escuro...

E assim, entre mortos e feridos mundo à fora, fruto da incapacidade crônica que os governantes têm para gerir seus países, estados ou municípios, independente do sistema político ou de força, das ditaduras ou democracias e de todos os “ismos” existentes entre ambas, a desigualdade social é cada vez maior no Brasil e no mundo.

A desigualdade social é, em última instância, o agente multiplicador de quase toda violência na terra. Excetuo aquela violência que nasce da intolerância religiosa que por aqui, ainda, não existe. Afinal, Deus é brasileiro...

Mas surge em 2009, um facho de luz...

Esse era o reclamo maior de minha alma peregrina: um facho de luz sobre a insanidade da política de segurança pública carioca. E ele se fez luz onde existia o caos. Falo da política de segurança chamada de UPP, ou Unidade de Polícia Pacificadora, implantada por sua excelência o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.

Touché, monsieur Cabral!

Quando, em 19 de dezembro de 2008 era inaugurada na Favela Santa Marta, zona sul do Rio, a primeira UPP, olhei com certa descrença. Vai durar pouco, pensei. Afinal, nada que prestava para as comunidades mais carentes tinha continuidade.

Hoje, um ano depois, lá, temos a realidade assombrosa de nem um homicídio registrado e não apenas: não houve nem um tiroteio. Mudou a vida de toda a comunidade e de todos os que vivem nela: para melhor, muito melhor! Não há mais traficantes armados, não há mais o dono do morro. As melhorias foram em todos os aspectos. Agora os serviços públicos, tais como temos no asfalto, estão presentes na comunidade. Mais até, inclusive com rede wi fi banda larga grátis para a comunidade.

Porém, o mais importante é que lá, agora, todos tem um lar, uma residência, um título de propriedade, um lugar que sabem que podem levar suas visitas e amigos, sem vergonha ou medo, e com uma das paisagens mais belas da cidade.

As UPPs já existem no Morro Santa Marta, em Botafogo, no Chapéu Mangueira/Babilônia, no Leme, na Zona Sul, na Favela do Batan, em Realengo e Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Essa semana mais duas, Tabajaras e Morro dos Cabritos (Copacabana e Botafogo), foram ocupadas sem um tiro!

Ou seja, sem a famosa prática antiga da invasão. E os policiais foram bem recebidos pela comunidade. Ou seja, não é uma promessa de campanha, não é um sonho.

Com isso sua excelência evitou, minimamente, nos últimos 12 meses, a morte de centenas de nossos jovens e muitos policiais. Só isso bastaria para que eu considerasse o melhor governo que o Rio de Janeiro já teve. É uma realidade tangível que está sendo executada de forma inteligente, como sempre preguei e desejei.

Pode melhorar? Sim, sempre pode. Mas, especificamente nessa área, basta usar menos os caveirões e as invasões, ou não usar, e, no lugar de ambos, usarmos a inteligência como meio de ocupação, como se fez na implantação das UPPs e Tabajaras foi o maior exemplo!

Sua excelência está no caminho certo: polícia se faz com inteligência, não com cadáveres.

A UPP foi o fato mais relevante para mim, junto com a eleição de Lula, depois da queda do regime militar.

Feliz 2010, senhor Governador!

O Rio e a Vida agradecem.

Paulo da Vida Athos.

Rio, 29 de dezembro de 2009.

terça-feira, novembro 10, 2009


CARTA A NICOLINO CUPELLO.



Lino, hoje é dia de manhã nublada.

Amanheceu assim o céu do Rio de Janeiro. Durante a noite choveu, espantando os dias azuis de calor que já estavam aborrecendo o verde e as flores.

Hoje não poderia ser diferente. É a primeira vez que, para espanto da Vida, você não está.

Nem os pardais que invadem minha cozinha e enchem o ar com sua alegria, tiveram vontade de fazer algazarra.

Há um ar de desencanto e de saudade em toda parte, eu sinto. Há qualquer coisa pungente que mexe com a gente, que desarmoniza as horas, que desenha uma lágrima em nós.

Sei que é justamente isso que você não gostaria. Mas fica difícil, meu irmão.

Difícil imaginar um mundo despido de sua alegria , de seu amor, de sua voz.

Você chegou a minha vida da mesma forma que na da maioria das pessoas que conheceu: pelos braços da Música. Ela veio junta e, como a Vida também me ama, mandou que você me trouxesse um grande amor. Meu grande amor.

Lembro bem a data, 29 de outubro de 1976. Havia muita música no ar naquele dia, era um festival de canções.

Com o grande amor que veio com você, tive mais dois grandes amores: Juliana e Pedro.

Os anos foram passando. Muitos foram nossos momentos juntos: e invariavelmente com a presença dela, da Música, que sempre foi o grande amor de sua vida e o presente sempre presente com que você nos brindava.

Pois é, meu irmão, é mesmo da porra falar de você usando o pretérito.

Mas é o trem da Vida que, um dia conversando, falei pra você que não parava nas estações. Não para mesmo. E fico muito puto em ocasiões como essa.

Não fui ao seu velório, não vou ver cremarem seu corpo, não vou a nenhuma dessas missas que reúnem pessoas de tempos em tempos, essas ocasiões em que o defunto está lá e a maioria dos presentes nem tão presentes assim...

Aprendi com o Zelão, companheiro de algumas passagens, que velório bom é de inimigo. De quem se ama, não se vai.

Poderia ir, ouvir conversa fiada, aquelas bobagens de sempre, expor minha lágrima, chorar publicamente minha saudade e a dor que todos os que te amam estão sentindo.

Mas isso é coisa de quem tem sangue italiano como você (que nem pode usar seu passaporte vinho que Juliana conseguiu ao correr atrás de sua cidadania). Pois é meu irmão, pior é que nem na Itália você pode ir, seu grande sonho.

Agora pode, tem passaporte de alma, concedido por Deus em seu desembarque de ontem.

Todos estão como você estaria nesse momento se perdesse um de nós: italianamente emocionados e incontidos. Todos choram em dor exposta. Todos te amam.

Também te amo. Te amo muito, e você sabe, sempre soube. Mas tenho sangue judeu.

Prefiro colocar seu disco e escutar você cantar para mim, só para mim, o Sole Mio, e permitir minha lembrança deixar minha alma encontrá-lo para mais uma canção...

Até , meu irmão.

Um beijo.

Paulo.

Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2009.

Ps. Uma semana antes você pediu para gravar a música do Gonzaguinha, para você. Gravei.


quinta-feira, outubro 01, 2009

quinta-feira, setembro 24, 2009

O "SENHOR VOTO VENCIDO"


Ministro Marco Aurélio.


Esse é “o cara”. Esse é o Juiz. Com seis dele no STF evoluiríamos cem anos em um em Direitos Humanos. Palavras dele sobre uma adolescente que esteve foi presa no Pará em uma cela com mais de 20 homens. “Chega-se com facilidade à conclusão de que é o próprio Estado brasileiro que desonra a Constituição Federal”, disse. “Por quanto tempo ainda o Brasil ostentará, sem demonstrar preocupação ou vergonha, o título de líder em concentração de renda, mesmo que a ninguém mais escape a certeza de ser a pobreza tanto causa como conseqüência da violação de direitos humanos.”


Em novembro completará 31 anos honrando o judiciário nacional. Ministro Marco Aurélio Marco Aurélio Mendes de Farias Mello , o “Senhor Voto Vencido", o Juiz.

sábado, setembro 19, 2009

QUANDO FALA O CORAÇÃO...


"Existem certos momentos da vida nos quais não encontramos as palavras. É quando o coração fala por nós."

(Paulo da Vida Athos)

quinta-feira, setembro 10, 2009

domingo, agosto 23, 2009

PARTIDAS...


Partidas...



Minha amiga,

Ontem visitei sua página, ao perceber de luto sua vida. Não encontrei palavras e me confortei diante das dezenas de mensagens que enviaram para você e, nada deixei.

Apenas saí dela e fiz uma oração por aquela que se adiantou a mim, que se adiantou a nós, e que deixou em você essa saudade imensa, tão grande quanto a sabedoria com que também a contemplou durante o tempo em que estiveram juntas por aqui.

Agora me sinto mais seguro para dizer que somos águas de um mesmo rio, que corre em direção ao Mar.

E que somos as águas, o rio e o Mar.

Na Vida.

Em Deus.

Beijos.


Photo by Luce F. D

sábado, agosto 08, 2009


SÓ OS LOUCOS E OS INOCENTES NÃO TEMEM...



Realmente, tenho medo de ter medo.

E quando sinto medo, e muitas vezes sinto, procuro fazer com que minha coragem seja um milímetro maior...

Só os loucos e os inocentes não temem.


Paulo da Vida Athos.

terça-feira, maio 26, 2009


TORCIDA ORGANIZADA OU ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA?






Paulo da Vida Athos


“Cerca de 30 integrantes de uma facção organizada do Fluminense invadiram o treino da equipe na tarde desta terça-feira, nas Laranjeiras. A atividade mal havia começado quando os “torcedores” entraram no gramado e partiram para cima dos jogadores. Na confusão, Diguinho levou um soco no estômago.”


Com essa abertura, a maioria dos jornais online noticiaram a ação que envolveu “torcedores”, jogadores e funcionários do centenário clube carioca.


Os ditos “torcedores” se investiram da toga do arbítrio e resolveram julgar, condenar e executar a sentença contra os jogadores que, na visão deles, não serviam para o Fluminense, e resolveram partir em direção aos que lá estavam exercitando o mais nobre dos direitos, o seu ofício, e contra os mesmos perpetraram brutal e covarde agressão que apenas não chegou a vias de fato vez que o clube, prevenido em razão das notícias que vazaram das comunidades de relacionamento na internet reforçaram a segurança que, assim, conseguiu conter os ânimos da única forma que bandido entende: à bala.


Muitas lições podem ser tiradas desse lamentável episódio.


Primeiramente fica de forma solar exposta que de torcedores eles não têm nada, são criminosos e como tal devem ser tratados. Imaginem que vire moda e, amanhã, com o caos instalado, tais práticas sejam estendidas a outros ofícios como a política, a Justiça, religiosos, segurança pública, saúde e educação, onde a insatisfação popular as vezes ganham contornos dramáticos.


Estamos a um passo disso.


Outra chaga que fica exposta é a incapacidade crônica de nossas autoridades de se anteciparem a fatos e tragédias que ficam mais que anunciados à luz da lógica e da observação do que ocorre nos desvãos da sociedade.


É obvio que já de há muito as câmeras do Maracanã deveriam estar filmando as caras das figurinhas carimbadas das torcidas organizadas. Estão lá em quase todos os jogos e em todas as torcidas dos quatro grandes clubes do Rio. Sabidamente se vende de ingressos a entorpecentes no maior estádio do mundo, para nossa vergonha maior, e, com toda aquela tecnologia, não se faz um trabalho científico em cima dos caras, filmando em todos os jogos, quebrando o sigilo telefônico de suas sedes e sub-sedes e também de seus membros e daqueles que mais se telefonam.


Eles falam, e muito, por celulares, telefones e rádios, além dos telefones fixos, além dos programas MSN, Messenger, Hotmail, Yahoo e outros, e, certamente, vão dar mole nos papos (isso é coisa de quem se acha malandro e todos eles se acham), e, no final das contas, ficará provada a estabilidade e permanência que são os elementos constitutivos do crime de associação criminosa, art. 288 do Código Penal, que tem pena de até seis anos quando o bando é armado (e quanto a isso não há duvida, basta ver o número de baleados em brigas dessas verdadeiras associações para cometimento de crimes). E a prisão é em flagrante, mesmo com o sujeito dormindo, depois de reunida a prova técnica, vez que esse é um crime em Direito, classificado como permanente, da mesma forma que o sequestro.


Depois, condenados, eu quero ver como ficarão os fanfarrões que foram lá para juntar Diguinho na covardia.


Eles e aqueles que saem do Maracanã fazendo arrastões ou disparando em via pública, sem se importar se vão matar, se vão atingir seus inimigos ou um inocente qualquer que esteja passando no lugar errado e na hora errada nessa cidade de guerra sem fim.


Mas tem que ter um fim. Porém, para tal, tem que haver um início. As caras dos agressores de Diguinho está nos jornais e na internet. Esse é o ponto inicial. Identificar é fácil, são figurinhas já carimbadas e o GEPE ou a DRACO, ou ambos em trabalho conjunto, podem dar nomes aos bois. Aí quero ver aquele cara que disse a um diretor idiota do Fluminense, que ainda deu ouvidos àquele bando de criminosos,indagando se queriam falar com o Parreira (coitado do nosso técnico Carlos Alberto), que queria sim, que era para ter um papo de homem.


Para com isso...


Homem que só é macho com uma quadrilha em volta é tudo, menos homem. Aliás, tem muito homem assim servindo de tindá nas cadeias da vida...


O cara é apenas um covarde e como tal deve ser tratado, mas com o devido processo legal. E a cara dele e de outros mais estão em todas as fotos e filmagens que vi. Querendo, senhores: é só agir...


Acho que já passou da hora do Estado dar uma resposta efetiva àqueles que, sob o título de torcedor, associa-se em facção criminosa para se sentir mais corajoso para perpetrar suas covardias e seus crimes.


Basta!



Foto: G1

O Globo

segunda-feira, maio 18, 2009

A PONTE DO ARCO-ÍRIS


A Ponte do Arco-Íris


Bem do ladinho do céu tem um lugar chamado Ponte do Arco Íris.

Quando morre um animal que foi especial para alguém daqui, esse animal vai para Ponte do Arco Íris.


Lá existem riachos e colinas para que todos os nossos amigos possam correr e brincar juntos .
Tem muita comida, água e sol, e nossos amigos estão quentinhos e confortáveis. .

Todos os animais que estavam velhos e doentes voltaram a ter vigor e saúde; aqueles que estavam machucados ou aleijados estão inteiros e fortes novamente, exatamente como nas nossas lembranças dos tempos que já se foram.


Os animais estão felizes e contentes, exceto por uma coisinha: cada um deles sente falta de alguém muito especial , que teve que ficar para trás.

Todos correm e brincam juntos, mas chega o dia quando um subitamente para e olha para longe. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo treme de ansiedade. De repente ele começa a correr para longe do grupo, voando sobre o gramado verde, suas pernas indo mais e mais rápido.

Você foi avistado, e quando você e o seu amigo finalmente se encontrarem, vocês se abraçam numa reunião feliz, para nunca serem separados novamente. Os beijos alegres chovem sobre o seu rosto; suas mãos afagam de novo a cabeça amada, e você pode olhar mais uma vez nos olhos confiantes do seu amigo, ausentes há tanto tempo da sua vida mas nunca longe do seu coração.

Aí vocês cruzam juntos a Ponte do Arco Íris....


(Autor desconhecido)


Fonte e Foto: Canil Nobiskrug

domingo, maio 10, 2009


Para um cachorro muito amado.



Você tem sido grandioso em nossas vidas, e sempre teve as qualidades do deus grego de quem roubamos o nome para chamarmos de seu, Apolo.

Assim como ele, você tem a beleza e a luz, e creio que a Vida só escolheria um melhor momento para sua chegada, se esse momento fosse antes de nós, antes dos homens, num tempo que era a Era dos bichos, quando então você teria todos os campos e matas, e a sua liberdade inteira a nortear seus caminhos, e certamente sua prole seria imensa!, você tem porte de rei e viveria como um rei a comandar sua matilha.

Mas, não quis assim a Vida que escolheu esse tempo e, para alegria de todos nós, nossa casa, para que você vivesse sua vida, inteirinha!

E nesse tempo, cara, suas quatro patas marcaram quase todos os cantinhos de nossa casa, já que era um de nós, além de nossos corações.

Ah!, sim, havia apenas um local proibido: a minha cama.

Mas que diferença isso faz ou fazia, se você tinha e tem todas as outras camas e também todos os sofás, e isso sem falar no chão – uma imensa cama nos dias mais calorentos – que era todinho seu!

Sempre fui o ultimo da lista de suas preferências entre todos da casa e gostava disso, isso me tornava o último quartel nas suas solidões (você sempre foi muito social, ao contrário de mim), quando todos se ausentavam por uma mesma razão ou por motivos diversos.

Eu só ficava puto da vida quando mijava na casa quando ficava sozinho em noites frias e chuvosas (mas você sabe que eu tinha razão, você sempre teve coragem pra cachorro, pra quê aquilo?); no entanto, entendia quando acontecia porque deixavam trancada a porta da cozinha; por mais inteligente que fosse, impossível esperar que soubesse usar a chave da porta, essa tarefa era para quem tinha mãos, embora sem tanta inteligência quanto você.

Agora você está muito doente e faz de nossa tristeza um fardo que se arrasta pelo chão, e fica tudo muito difícil.

Difícil pensar em nossa casa sem a presença de seus latidos fortes e sem a grandeza do amor de seu coração por nós, de sua fidelidade absoluta, da segurança que nos transmitia e transmite, a todos.

Difícil não imaginar seu porte garboso e suas paradas de cão de caça, nas quais ficava imóvel como uma estátua grega, na qual apenas os olhos tinham movimento, acompanhando os pardais que, temerariamente, ousavam invadir seu espaço para furtar migalhas de sua ração ou de pão, geralmente nas manhãs ou nas tardes em que, com o sol, entravam em nossa casa.

Difícil não pensar em seus olhos acesos no escuro, no fundo do corredor, perto da porta do quarto de Ju, onde você se deitava para esperar aquela que seu coração valente escolheu como a “dona”.

Pareciam dois faróis em meio à escuridão.

Principalmente depois que você juntava num canto do quarto todas as coisas que ela largava espalhada pela casa quando saía: peças de roupa, a camiseta que estava usando, a camisola abandonada, estojo, fazendo com tudo um ninho onde você se colocava em espera paciente.

Teve um dia até que pegou o Iphone que ela havia deixado na mesa da sala e, quando percebi, estava com ele atravessado em sua boca, como fosse uma gaita!, atravessando da sala, onde o pegara em cima da mesa, em direção ao quarto dela.

E ái daqueles que tentassem tirar você do quarto dela, em sua ausência!

Você já recebia o intruso com seu rosnado baixo e, ao mesmo tempo, decisivo: “- Fora, tudo aqui me pertence e você não passa de um intruso!”.

Todos evitavam esse encontro, até minha mulher (que era a única para quem ele não latia quando chegava da rua, para ela fazia festas sem latidos, sabia que ela não gostava de algazarra na chegada...). As pessoas que trabalhava aqui, nem pensar! Não entravam no quarto na ausência de Ju. Simples assim.

Nesses casos extremos eu era chamado, afinal tive que assumir o papel de chefe da matilha antes que você crescesse – tinha lido um livro a respeito – e o desagradável aqui, eu, chegava com o meu –“Sai!!”, que era obedecido em parte, já que nunca você saiu sem levar na boca uma daquelas peças da Ju que tinha juntado por ela, como quem em rebeldia afirmasse que saia, porém com protesto.

Belo e, como todo weimaraner, era aparentemente perigoso num primeiro olhar. Sim, para os estranhos você era uma fera até o primeiro afago. Só.

Após esse primeiro afago, sociável como ninguém, aquela pessoa passava a ser parte de seu mundo, de nosso mundo, e quantas crianças pequenas que você nunca tinha visto sentava em você, dava porrada, e isso nunca nos preocupou. Afinal, Ju e Pe nunca deixaram, graças a Deus, de ser crianças, e você chegou no auge da criancice deles, tipo 13, 14 anos, fazendo com que você visse em toda criança um amigo (Lucas foi o primeiro e maior exemplo).

Seu pelo, num cinza fantasticamente belo, e um olhar de indefinível verde acinzentado, e com seu porte elegante e nobre, nas poucas vezes em que foi à rua – sim, foram poucas se comparadas ao tempo em que vive – faziam com que muitos quisessem lhe fazer um carinho, depois de perguntar se você era “bravo”, e de todos pelo menos roubava um olhar ou um sorriso.

Você conhecia seu charme...

Se alguém estava triste, você sentia e compartilhava e, muitas vezes, creio que você até confortou.

Certamente vão me chamar de doido, mas sei que um dia você falou, em bom português, a palavra “-Não”. Claro, ninguém vai acreditar - salvo engano de memória só eu e Luce ouvimos sua manifestação - , e foi um “não” muitíssimo bem colocado para o momento, e claríssimamente bem pronunciado para não ser colocada em dúvida sua manifestação. Sei que se pudesse sorriria com essa minha inconfidência, rsrsrsrs...

Pe era o segundo colocado na lista de seu coração e era com quem você dividia a cama nas noites prenhes da ausência de Ju, já que você as considerava insuportáveis.

Daí seu mau humor, que fazia questão de demonstrar através de um aparente descaso, quando ela se arrumava e colocava aquele perfume irritante tipo só volto amanhã de manhã.

Era o quanto bastava. Nem adiantava ela querer agradar.

Você simplesmente olhava para o lado oposto quando ela tentava aquela brincadeira sem graça ou simplesmente nem olhava.

Dava uma de surdo e autista, num claro: “- Quer ir? vá,!, dane-se, mas não me enche o saco que não preciso de você”.

Vi isso alguma vezes. Ri muito com seus humores, cara.

Agora você pendura nossos corações num varal. Tentamos enxugar as lágrimas, mas são lágrimas teimosas.

Qualquer coisinha é um sobressalto. Se sua respiração muda de ritmo, se seu olhar está mais triste, se não encontra uma posição mais confortável, tudo é motivo para apertar nosso coração.

Lembro que tive minha Escolha de Sofia em que você foi a parte beneficiada. Não me arrependi.

Afinal pode viver sua vida inteira com a dignidade que merece, como um de nós que se tornou, o que jamais poderia com a presença de Netuno.

Se algo há se pagar por isso, tudo certo, estou pronto!

Valeu para você ser um cão feliz, porque assim pode nos dar tanta felicidade...

Um beijo de todos nós, grande Apolo, meu insubstituível focinhudo.



Ps. Infelizmente Apolo morreu hoje, 10/05/2009, à 20:00h.

terça-feira, abril 21, 2009

ORAÇÃO PARA SÃO JORGE.



ORAÇÃO PARA SÃO JORGE.







Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge, para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua Santa e Divina Graça.

Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições; e Deus, com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.

Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

São Jorge: rogai por nós.




Amém.


terça-feira, abril 14, 2009

"Você realmente Já amou uma Mulher?"










"Você realmente Já amou uma Mulher?"

(Bryan Adams)

- Do filme Dom Juan De Marco -

Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho
E dar-lhe asas quando ela quiser voar
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...

Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela, realmente, é desejada
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém
Para dizer-lhe que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?

Para realmente amar uma mulher
Deixe-a segurar você
Até que você saiba como ela precisa ser tocada
Você precisa respirá-la, realmente saboreá-la
Até que você possa sentí-la em seu sangue
E quando você puder ver
Seus filhos que ainda não nasceram
Dentro dos olhos dela
Você saberá que realmente ama uma mulher

Você precisa dar-lhe um pouco de confiança
Segurá-la bem apertado
Um pouco de ternura, precisa tratá-la bem
Ela estará perto de você, cuidando bem de você
Você realmente precisa amar uma mulher...
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?
Então diga-me:
Você, realmente, já amou uma mulher?

Acima, leia a tradução de "Have you ever really loved a woman?" e abaixo assista o clip da música.



domingo, abril 12, 2009

De Páscoa, prisões e passagens.










Existem muitos significados para a palavra Páscoa, pagãos ou não pagãos, ligados á natureza ou não, mas sempre com um ponto em comum: a mudança. Assim colocado, ouso dizer que seu grande significado é a transformação de um estado ou posição, para outro estado ou posição melhor que o anterior. Ou seja: tudo que a humanidade precisa nessa esquina do tempo.
Vivemos um tempo manchado de sangue de inocentes, de gritos de socorro não ouvidos, de pessoas morrendo de fome, de mísseis que entram pelo telhado das casas como balas perdidas que encontram vidas que são ceifadas, assim, num estalar de dedos.
Vivemos um tempo assim, de ouvidos surdos, de conivência muda, em que pequena parte da humanidade, que tem o poder de decidir ou de exigir uma decisão diversa, é legitimadora de genocídios como os ocorridos em Ruanda, Angola, Curdistão, Palestina, Afeganistão, Iraque, que pesquisadores, descartando o termo genocídio, atualmente usam o “violência massiva” e o definem como “fenômeno humano da destruição coletiva por causas culturais, religiosas, sociais e políticas”, e que alguns Estados terroristas conceituam como “combate ao terrorismo”.
Vivemos um tempo em que falta ao homem, humanidade. Essa desumanidade, somada ao silêncio legitimador da maioria, permitiu a criação de infernos como prisão de Abu Ghraib, Guantánamo, e todas as atrocidades lá cometidas. Esse mesmo silêncio, não nos permite sequer pensar no óbvio: o fechamento de Guantánamo não responde a principal questão: onde estão os cerca de vinte mil iraquianos que lá estavam presos? O que estão passando nos infernos de Campo Bucca e Campo Cropper, já que não há acusação formal, nem direito de defesa, nem fiscalização da comunidade internacional?
Não temos resposta. Aliás, nem perguntamos! Assim como nada fazemos quando nossas comunidades carentes viram palco de “operações contra o tráfico”, o que, traduzido ao pé-da –letra quer dizer: “terra de ninguém”. E nessas operações, cada inocente que é abatido conta apenas com o silêncio omisso de todos nós. Nem uma voz, um movimento, nada é feito para cobrar a imediata cessação do absurdo, enquanto abrimos nossos ovos de Páscoa num domingo de abril.
Fazer uma oração não basta sem que com ela venha a ação. Deus também conta com nossa ação.
Faço o que posso e posso mais do que faço, é verdade, mas faço mais que orar durante o ano inteiro.
Por isso me concedo, hoje, fazer apenas uma prece.
Que seja essa Páscoa uma passagem por onde trafeguem nossas ações e que, através delas, Deus realize seu maior desejo.
O de que não matemos em nós, a humanidade.
Feliz Páscoa ao mundo.
Paulo da Vida Athos

domingo, março 29, 2009


Dualidades.



por Paulo da Vida Athos.


Não conheço quem do amor diga palavras certas, de precisão, nem mesmo incertas, que o defina quando nos rasga fibra por fibra, quando tudo em derredor é aurora e luz, ou quando nos isola imersos na solidão dos desnascidos, embalados no esgar insone das madrugadas ou no espanto das manhãs ensolaradas.


Não ouvi ser derramada da boca do douto ou do ébrio, do profeta ou do louco, nem da prancheta dos poetas visionários, a fórmula que o defina, a razão de nele perdermos a razão, de deixar-nos de rastros enquanto nos julgamos a voar em céus de inexistentes mundos, ou de olharmos um vagabundo reverenciando-o como se fosse um rei, ou uma puta como se santa fosse, no apogeu de um milagre.


Nunca vi nascer, da suavidade dos pincéis ou da dureza dos cinzéis, a resposta em forma ou em cores, que revelasse esse sentimento que como lente projetiva inverte nossas idas tornando-as voltas, todos os nossos risos em mágoas, a lisa flor da água em ondas revoltas, na imensidão de nosso mar interior.


Há uma lente especial que nos orienta o olhar e nos mostra a verdade do amor quando imersos em amor caminhamos na vida. É uma verdade dele, do amor, não nossa nem da vida. É a verdade dos insanos, porque amar é isso mesmo, uma insanidade de alma que nos conduz sorrindo aos infernos ou ao paraíso, que nos anestesia através de um sorriso, de um olhar ou do perfume de uma lembrança, enquanto nos vai rasgando com suas garras como o condor faz com suas presas.


Há nele uma música de encantamento, como uma flauta hameliana a nos fazer bailar na alegria ou na tragédia, que faz a gente ser capaz de chorar ao dar vida à vida ou permanecer sorrindo ao dançar com a morte, como se a realidade fosse um palco imenso e a vida apenas a platéia que ali estivesse para aplaudir seu diretor, o amor, e seus atores, nós, diante do mortal e derradeiro ato.


Há no amor esses insondáveis mistérios e escolhas. Nada nos mergulha em dor mais profunda, nada nos imerge em êxtases mais fantásticos. Enquanto amantes somos capazes dos atos mais nobres e engrandecedores, assim como as mais agudas covardias e baixezas. Ele nos eleva até onde jamais conseguiríamos chegar sem ele, mas nos humilha de forma tão profunda que, em muitas das vezes, não conseguimos mais nos levantar. Há nele essa sordidez da posse pela posse. Há nele o altruísmo só encontrado na mulher, quando mãe. Não o escolhemos, não o convidamos. Não lhes damos ordens nem o expurgamos. Somos apenas, os eleitos. Eleitos e, dele, escravos!


Essa dualidade fantástica que nele existe, que nos eleva para o deleite da vida mas que nos pode fazer beber na lama do chão, é que o torna primo entre os sentimentos. Com ele alçamos nossos vôos mais altos, com ele, da mesma forma, rastejamos nosso orgulho pelo chão.


No entanto, não há nessa terra ser humano que possa, sem um dia o ter abrigado na alma, dizer no instante final em que for se despedir da vida:


-“Sorriam todos! Afinal, vivi!”

domingo, fevereiro 08, 2009

RESPOSTA A UM CONVITE...


RESPOSTA A UM CONVITE...



Agradeço seu convite, minha irmã de alma.


Mas devo confessar que olhar para meu interior, não por instantes que sejam, mas por tempos, tempos que nem consigo saber por ter esquecido, é prática minha, prática antiga de minha alma, nesses momentos da vida, que se diluem no tempo, que se confundem no eu, nessas esquinas da vida que se tornam espelho de nossa própria caminhada.


E nessas paradas, não percebi a bondade e nem mesmo a maldade que se degladiam em nosso interior. Creio que nunca me vi tão mau que não possa ser amado pela Vida, nem tão bom que dela não possa fazer parte.


Quanto ao vivido, aquele trailer que vez ou outra a lembrança nos apresenta, não quero esquecer as coisas todas, boas ou ruins, que fiz ou vivi, já que, para mim, amo cada uma delas que forjaram o que hoje sou. E, gosto do que sou; gosto de quem sou. E essas lembranças de dor ou de amor, forjam aquilo que chamo de meu eu. E sendo assim, respiro fundo nesse mergulho no oceano da vida, sem me preocupar com as pedras que ficaram para traz, pois tenho as lembranças como irmãs que plenam de amor a minha alma, não de arrependimentos.


Quanto aos véus, amo-os todos!


Rasgados, apenas mostram que encobriam ilusões e a vida é fantástica, sua realidade é mais que qualquer ilusão, e, em razão disso, sei que das ilusões não preciso para ver feliz. Muito ao contrário! Elas escondem o que de belo existe na ação de viver, que é simplesmente: viver!


Quanto a olhar para frente, devo dizer que sempre amei minhas desilusões tanto quanto minhas realidades.

Afinal, o que mais são nossa desilusões que cortinas rasgadas que mostram a realidade da vida de frente, da forma que ela é, sem fantasias, e a vida é para mim o maior dos sonhos.

Amo a vida. Amo viver. Sabia?


E sendo assim, minha amiga, como não ser feliz? Como não festejar cada amanhecer e cada por do sol? Como não reconhecer os ensinamentos de cada dia, de cada momento vivido? Como não estar amparado pela paz e pela fé?


Por essa razão, não tenho como não semear a esperança, a paz e a fé.


Sou filho de um momento de amor. Sou amor e o amor não morre. Essa é a semente que espalho por onde passo.

Ou pelo menos, tento.

Quanto ao convite, aceito e dele me faço porta-voz.


Que em amor viva a humanidade. Sempre!


Que o Amor seja em nós...


Paulo da Vida Athos

It was not an act of war in Lebanon

It was not an act of war in Lebanon. It was not an act of war, it was a terrorist act, a terrorist action that Israel carried out against Le...