RES NULLIUS
por Paulo da Vida Athos
Mulher a quem procuro sôfrego,
Na multidão de rostos
Que desembocam em meus caminhos.
Feita de sonhos,
Em minhas poesias.
Feita de mil auroras e crepúsculos,
De estrelas que infestam as noites
E de abandono, ao findar do dia.
Mulher, a quem busco sem me importar:
Origem, cor, raça, religião.
Se realizada ou destruída,
Se virgem, descrente,
Politizada ou não.
Feita de marcas
Imprimidas pela vida.
De sol e de chuvas.
De montanhas e desertos.
De sentimentos despertos
E solidão sentida.
Espero por você: coisa de ninguém...
Pois ainda que distante e perdida,
Não existe nada abandonado no universo,
Que não tenha um pouco de meu amor disperso,
Que não seja um pouco de meu abandono, também.
A cada passo mais um passo se apresenta. O caminho não importa muito. O importante é caminhar. Mas será só isso mesmo? Não creio. Não para mim! Não para muitos! Podemos e devemos tornar o caminho mais limpo por onde passarmos. Como? Lutando com indignação contra os erros que encontramos por onde vamos... Paulo da Vida Athos é o pseudônimo de PRAD
sábado, novembro 04, 2006
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