Prece para Obaluaê/Omulu
Pai, me curvo ao Seu amor, à
Sua proteção. Ao longo de minha jornada, Pai, quantas vezes, não fosse esse
amor imenso e profundo que me dedica, eu não estaria aqui.
E nessas vezes pude ver a
beleza de seu rosto, a luz de seu olhar, a força de Seu amor por mim, ao me
sentir abrigado sob o manto de palha da Costa que cobre Seu rosto amado.
Quantas vezes arrancou-me das mãos de Ikú, contrariando Olodumare, por achar que minha missão ainda não estava cumprida...
Foram muitas, e, sei, sempre por amor.
E hoje, em seu dia e dia em
que Àiyé estremeceu com meu vagido, há setenta anos, quero mais uma vez
agradecer toda proteção e todo o Amor que nunca me deixou faltar ao longo dessa
minha também já longa caminhada nessa dimensão.
Inimigos, não tenho, graças à
Sua divina proteção.
Energias negativas, físicas, mentais ou espirituais, nas poucas vezes me tocavam, num átimo de segundo você intervinha, me arrebatava, e me ocultava entre Suas sagradas palhas, para depois me devolver a Àiyé: mais forte, prudente e preparado.
Seu amor, Pai, me ensinou a amar, entender a dor e a alegria, a caminhar na luz sem temer as trevas, a dar ao outro apenas o que eu gostaria de receber.
Pai, nesse seu Dia, só posso dizer: obrigado!
Obrigado por ter me guiado até aqui, pois sem seu Amor e sua Sabedoria, há muito já estaria em Orum.
Obrigado por tanto Amor!
Atotô, Obaluaê! Atotô, meu Pai!
David de Oxóssi (P.R.A.D)
Rio de Janeiro, 16 de agosto
de 2020.
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