A guerra perdida: 31 vítimas
de bala perdida em 31 dias, no Rio de Janeiro.
O povo não se dá conta que 90%
dos casos de balas perdidas, 31 casos apenas em janeiro aqui no Rio, é fruto de
uma guerra estúpida e perdida contra o tráfico de entorpecentes; não percebe
que o álcool e o cigarro são drogas regulamentadas que matam mais que todas as
outras drogas proibidas juntas; não se dá conta que o que alimenta o tráfico é
a ilegalidade; não atina para o fato de que a falta da regulamentação como
ocorre com o tabaco e o álcool é que se tornou o grande problema.
Fuma e bebe quem quer, mas se
fizer besteira vai preso pela besteira que fez, se for crime, e não porque
fumou ou bebeu já que isso é da livre vontade de cada um desde que não
atrapalhe a vida dos outros: está ferrando apenas sua saúde e sua vida.
Qualquer um tem direito a isso.
Ninguém para pra pensar que de
1920 a 1933, quando o álcool foi proibido nos EUA, a guerra foi lá. Morreu foi
gente. Até aparecer outro presidente que não era burro, fanático ou louco, e
regulamentou de novo o uso do álcool.
Aqui, por causa dessa
proibição que perdura – enquanto nos EUA as demais drogas estão paulatinamente
sendo regulamentadas – apenas em janeiro desse ano 31 pessoas foram vítimas de
balas perdidas. O que isso tem a ver com a proibição? Tudo! Basta tirar os
antolhos que se vê...
Nem menciono as centenas que
morreram por todo o Brasil, policiais, inocentes e criminosos, apenas em
janeiro, por conta dessa guerra que já nasceu perdida.
Não sou contra a
regulamentação. Não sou traficante.
Temos hoje um congresso mais
conservador. Se o povo não pressionar pela regulamentação, vamos continuar
morrendo e financiando os fuzis dessa guerra suja.
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