terça-feira, dezembro 20, 2011

terça-feira, maio 31, 2011

Carta a um amigo






Caro amigo,





Li o que você escreveu. Creio que estão fazendo tempestade em um copo d’água. Mesmo assim delinearei o que, creio, deve ser o tom dado no tratamento desse assunto entre vocês.

Se parar para analisar, vocês passaram a viver uma guerra, um litígio, em razão de uma situação que deve ter se desenvolvido a partir de contextos anteriores, já que não reputo como importantes, a esse ponto de ebulição, os argumentos expendidos por cada um até aqui. O que ganham os dois com isso? Nada. Apenas aborrecimento, que não leva a coisa alguma que não seja a ele mesmo.

Olha meu irmão, a Vida me ensinou que existem várias formas de lidarmos com uma mesma situação. E a melhor delas, pelo menos para mim, é olhar o outro como alguém de bem, que pode ou não ter cometido um erro, mas que não foi de forma dolosa, não foi com o ‘conhecimento e a vontade de causar um mal’.

Gosto de julgar os outros como gostaria de ser julgado. E sempre prefiro ser julgado, quando erro, como alguém que errou, mas que pode e quer acertar. E isso de tentar conduzir o outro ao que consideramos o ‘certo’ (e, às vezes, até podemos estar errados), deve trilhar o caminho sábio do entendimento, do saber ouvir e falar no momento certo, com a pessoa certa, na hora exata.

Aliás, se desde o início vocês dois – e apenas os dois – tivessem se sentado à mesa, cada um ouvindo e deixando o outro argumentar, veriam na verdade que cada um tem seu quinhão de razão, pois a certeza absoluta tem sempre algo de divino ou de arrogante, de tal modo que, por sermos humanos, a parte que toca a divindade raramente está ao nosso lado quando defendemos nossa ‘verdade’.

Há uma verdade: a Vida. E uma certeza: a Morte.

O caminho que trilhamos entre essas duas damas no salão do Tempo é que vai definir a música predominante na trilha sonora de nossa existência: pode ser um hino marcial ou um tango fantástico, como o que o personagem de Al Pacino dançou no filme ‘Perfume de Mulher’. O que é melhor para você?

Estamos num ponto do salão que mencionei acima, em que não nos é permitido perder tempo com bobagens, enquanto a música toca.

Devemos pegar a dama atual e bailar com ela cada segundo como se fosse o último, e fazer isso com alegria e despudor de ser feliz, de amar o vento, de sentir o perfume da brisa, de se encantar com o por do sol ou com a musicalidade de uma poesia. Aliás, sem ter medo de dizer que ama poesia...

Sim! Devemos pegar essa dama, e aproveitar seu calor e perfume, e o carinho que nos deu e nos dá, ao longo de toda a música, de preferência um tango.

Para que então, sorrindo, sejamos entregues, por ela, para dançar nossa última valsa com nosso derradeiro par...

Entre um momento e outro, não percamosr tempo com bobagens.

Grande abraço!

Paulo da Vida Athos.

Ps. Abaixo a cena que referi de Al Pacino em Perfume de Mulher. Clique e veja. Vale a pena.


segunda-feira, maio 02, 2011

Osama ou Barack: não aplaudo assassinos.






















Osama ou Barack: não aplaudo assassinos.


A grande ilusão contida no anúncio da morte de Osama Bin Laden é justamente querer nos fazer acreditar que Osama Bin Laden está morto. Não está.

Em análise açodada sobre essas palavras alguns concluirão que sou apenas “mais um simpatizante de terroristas” e, ao fim, asseverarão que falo assim porque um filho meu não estava em uma das torres do World Trade Center naquele 11 de setembro de 2001, quando foram alvo de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda (A Base) provocando a morte de 2.996 pessoas (computo nesse número os terroristas).

Não estou feliz com a morte de Bin Laden, assim como não fiquei feliz com a morte das vítimas daquele atentado ou com a morte das 1330 pessoas que foram assassinadas na Faixa de Gaza, dentre elas 437 crianças, em apenas 22 dias, durante a ofensiva israelense que marcou o início do ano de 2009. Não houve alegria em meu coração em nenhuma dessas mortes. Não aplaudo assassinos...

Comparo, sem qualquer problema de consciência, aqueles que mataram Bin Laden e aqueles que ordenaram sua execução, ao próprio Bin Laden.

Qual a diferença? São todos assassinos.

Não vejo diferença alguma entre o “ditador” líbio Muamar Kadafi e o “presidente” sírio Bashar al Assad. Ambos são assassinos.

Na Síria do “presidente” Assad (no poder a onze 11 anos desde que assumiu o lugar de seu pai Hafez al-Assad que esteve no poder por 30 anos), já se “comemora” meio milhar de cadáveres. Agora mesmo a televisão "Al Jazeera" denunciou o desaparecimento na Síria da jornalista Dorothy Parvaz. No entanto, a OTAN nada faz contra aquele que pratica os mesmos atos que Kadafi.

O que ocorre na verdade é que a Síria é governada há 41 anos por uma ditadura familiar, sustentada por um movimento nacionalista (leia-se nazista), que a partir de um determinado momento histórico vendeu-se ao imperialismo. Jamais foi uma democracia e sim uma mal disfarçada ditadura. Ditadura perversa, que em 1982, reprimiu duramente a mobilização popular contra si, enterrando-a sob 25 a 30 mil cadáveres. Um crime contra a humanidade.

Barack Obama, Nicolas Sarkozy, o pedófilo Silvio Berlusconi e David Cameron, têm interesse no petróleo na Líbia, país que exporta grande volume de petróleo para a Europa. Junte a essa equação a crise financeira que (ainda) vivem a Europa e os EUA e teremos uma visão do que move os Estados-Terroristas que eles representam.

Uma guerrinha faz um enorme bem à saúde financeira dos vitoriosos, e todos sabemos disso.

Por isso a OTAN e os EEUU se calam e nada fazem. Não falam em intervenção ou “ajuda humanitária” ao povo sírio, como a que estão ofertando ao povo líbio, através de bombardeios sobre Trípoli. Por exemplo: ainda não se passaram três dias do assassinato de um filho e três netos de Kadafi, que escapou ileso, cometido impunemente pelas forças da OTAN, que não tinha e não tem autorização da ONU para praticar assassinato premeditado contra quem quer que seja. Mas fizeram ataques sobre a residência assassinando as crianças e o pai.

Um porta-voz inglês desmentiu a morte das crianças e foi desmentido posteriormente pelo bispo de Trípoli, Giovanni Martinelli: “-Confirmo a morte do filho do rais". O bispo, que mora na Líbia há mais de três décadas acrescentou: "Peço respeito pela dor de um pai que perde o filho. É um gesto de humanidade".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, nada quis falar sobre o assunto e saiu com a seguinte pérola: “-A ação da Otan na Líbia não tem como alvo indivíduos em particular".

Como não tem, cara-pálida? O mundo inteiro está vendo que vocês se deram licença para matar.

Voltando a história, isso que aconteceu e acontece hoje na Líbia é o que há décadas acontece na Faixa de Gaza. Ou não é isso que Israel faz com os palestinos, dia após dia, ano após ano, ao longo de décadas?

Israel e Estados Unidos são estados-terroristas governados por assassinos. São fortes e poderosos, militar e tecnologicamente. Hoje, o grande brinquedo deles são os aviões não tripulados de alta precisão destrutiva e poder letal.

Então, você, palestino, você, árabe, muçulmano ou não, vê seus filhos, seus pais e amigos, sendo assassinados dia após dia, um após outro, até que um dia sua solidão seja dividida apenas com seu ódio, o que o manterá vivo? Que chama o levará avante? Vai se tornar o que?

Sem dúvida, um assassino como eles, um assassino como Osama Bin Laden se transformou, um assassino como são Barack Obama, Sarkozy, Berlusconi, Cameron e Benjamin Netanyahu.

Não o aplaudirei. Como disse no início, não aplaudo assassinos.

Mas vou entender você...


Paulo da Vida Athos.


Quadro Crianças com fome, Portinari.

sábado, abril 09, 2011

Não se faz revolução sem amor



Melodia Sentimental, de Heitor Villa Lobos.

Fragmento da poesia Patria Minha, de Vinícius de Moraes

"Não se faz revolução sem amor..."

(Paulo da Vida Athos)

quinta-feira, abril 07, 2011

Escola Municipal Tasso da Silveira - RJ











Há uma dor de morte em mim, na tarde, na vida.






Existem ações humanas desumanas que são inomináveis, doidas, doídas. Dessas que feriu o Rio e nossa alma no dia de hoje...

Paz às crianças e aos seus pais.

Minha oração é meu silêncio maior.

quinta-feira, março 31, 2011

EUA, um país mercenário











Obama quer ser parceiro do Brasil em tecnologia de petróleo. Não quero ser parceiro de assaltantes!



Histórico de um país que sente prazer na guerra.

(Paulo da Vida Athos)


Muitos me chamam de reacionário ultrapassado, dizem que tenho é “dor de cotovelo” e que na verdade “morro de inveja” dos Estados Unidos da América do Norte, e que deveria “despertar”, como os próprios “comunas” fizeram a partir da implementação da Glasnost e a da Perestroika conduzidas por Mikhail Gorbachev, que acabaram com o socialismo na forma que era antes.
Ora, chamar-me de comunista não me ofende, quantas foram as vezes que marchamos juntos pela queda do regime militar no Brasil. Muito ao contrário, sinto simpatia por muita coisa que existe no ideal comunista, como, aliás, em outras diversas posições antagônicas entre si, mas que no plano do ideal carregam em seu bojo muitos princípios com os quais comungo: eu, e qualquer humanista e libertário como eu, que despreza ditaduras sejam de direita ou de esquerda.
Mas os EEUU são diferentes. Alardeiam uma democracia que abomino, não pelo fato de ser uma democracia, já que a pior delas é melhor que a melhor das ditaduras, mas sim, e apenas, pelo fato que a tal “democracia” deles só vale para eles (embora depois daquele trágico 11 de setembro isso também tenha mudado um pouco por lá).
Eles fazem o que querem e, ao longo da história, de acordo com seus interesses, colocaram muitos ditadores e destruíram algumas democracias. E muitos foram os assassinatos ordenados em nome da “democracia deles”. Quem não se lembra de Salvador Allende?
Pois bem, o barato do Obama é “trocar tecnologia” no que diz respeito a petróleo.
Tô fora!
Vejo que estão fazendo na Líbia, fizeram no Iraque, e a última coisa que quero é um país belicoso e poderoso nos presenteando com sua mais distribuída tecnologia ultimamente: a “bomba-inteligente”.
Posso não ser inteligente como elas, mas ao ver uma “folha-corrida” como a que está abaixo, recomendo a todos: distância desses caras!
Vejam o passado deles que pude pesquisar e encontrar na internet, prontinho. Falam desses caras e dessa história? Se for, não os quero por aqui...
1846/1848 - México - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;
1890 - Argentina - Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos;
1891 - Chile - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;
1891 - Haiti - Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;
1893 - Hawai - Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;
1894 - Nicarágua - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;
1894/1895 - China - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;
1894/1896 - Coréia - Tropas permanecem em Seul durante a guerra;
1895 - Panamá - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;
1898/1900 - China - Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;
1898/1910 - Filipinas - Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;
1898/1902 - Cuba - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;
1898 - Porto Rico - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos;
1898 - Ilha de Guam - Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;
1898 - Espanha - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;
1898 - Nicarágua - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;
1899 - Ilha de Samoa - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;
1899 - Nicarágua - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);
1901/1914 - Panamá - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;
1903 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;
1903/1904 - República Dominicana - Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;
1904/1905 - Coréia - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;
1906/1909 - Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;
1907 - Nicarágua - Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;
1907 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;
1908 - Panamá - Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;
1910 - Nicarágua - Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;
1911 - Honduras - Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;
1911/1941 - China - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;
1912 - Cuba - Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;
1912 - Panamá - Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;
1912 - Honduras - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;
1912/1933 - Nicarágua - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;
1913 - México - Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;
1913 - México - Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;
1914/1918 - Primeira Guerra Mundial - EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;
1914 - República Dominicana - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;
1914/1918 - México - Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;
1915/1934 - Haiti - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;
1916/1924 - República Dominicana - Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;
1917/1933 - Cuba - Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;
1918/1922 - Rússia - Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;
1919 - Honduras - Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;
1918 - Iugoslávia - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;
1920 - Guatemala - Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1922 - Turquia - Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;
1922/1927 - China - Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;
1924/1925 - Honduras - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;
1925 - Panamá - Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;
1927/1934 - China - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;
1932 - El Salvador - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN -
comandadas por Marti;
1939/1945 - II Guerra Mundial - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;
1946 - Irã - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;
1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;
1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;
1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;
1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;
1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;
1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;
1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;
1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;
1961/1975 - Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;
1962 - Laos - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 - Panamá - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;
1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;
1969/1975 - Camboja - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;
1975 - Camboja - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;
1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;
1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;
1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;
1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 - Somália - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;
1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;
1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;
1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;
2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");
2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;
2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.
2009 – Honduras - Em 28 de Junho a Suprema Corte destituiu o presidente Manuel Zelaya, exilado pelo exército hondurenho por desejar instituir uma consulta popular simultânea às eleições presidências para o que o povo hondurenho expressasse o desejo ou não de criação de uma Assembleia Constituinte que reformasse a constituição vigente. Pela possibilidade de que essa reforma possibilitasse a reeleição do governo do presidente que o sucederia, Zelaya foi destituído. Obama declara: “Consideramos que o golpe (“coup”) não foi legal...” Apesar de assim também entenderem a Assembleia Geral das Nações Unidas, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) que considerou o golpe como “alteração inconstitucional da ordem democrática”, em novembro o governo dos Estados Unidos avalizou e compareceu à posse do presidente imposto por um processo eleitoral não reconhecido por 11 das 18 nações conclamadas a legitimar o processo, após o qual prosseguem as violações de direitos humanos e os assassinatos de jornalistas.
2011 – Libia (em andamento)
2012 – B...?

sexta-feira, março 11, 2011

Não tem o que falar? Fica calado...







Não tem o que falar? Fica calado...



Temos dois olhos, temos dois ouvidos e somente uma boca.

Não foi a toa que viemos ao mundo assim.

Isso quer dizer que devemos ver tudo que pudermos, ouvir tudo que for possível e, nesse aprendizado, concluir que devemos falar muito pouco.

E mais...

Ao falarmos com essa nossa única boca, que usemos milhões de neurônios e, com eles, analisemos cada palavra e se merece ou não ser pronunciada; se é para o bem e para o engrandecimento de nós, de nossa alma e da humanidade.

Se a resposta não for claramente nesse sentido, se for para falar bobagens, melhor se deitar no leito do silêncio por toda a nossa efemeridade, e esperar a passagem de nosso tempo.

O silêncio faz bem, quando não se sabe pensar...

Paulo da Vida Athos.

segunda-feira, março 07, 2011

Juntos




Juntos






Juntos

Somos apenas uma gota,

mas juntos,

formamos uma grande chuva

que, ao cair,

transforma terras,

sonhos,

e alimenta mares.


Sozinhos,

nada podemos...


Ou podemos

muito pouco

o que não deixa de ser

melhor que nada.


Por isso,

peço à Vida que caminhe com a Luz

em nossos caminhos.


E que,

em cada esquina

do Tempo,

conspiremos

paz!

terça-feira, março 01, 2011

Julgados os torturadores do golpe de militar de 64!!!*













Julgados os torturadores do golpe de militar de 64!!!*




"Um dia, aqui, todos serão julgados!

Ainda que apenas pelo tribunal da história..."



*Fonte: Jornal...Um Dia

Semente do ano-novo






Cada dia traz em si, sempre, a essência de um Ano-Novo...



Interiores




Temos em nosso interior, desvãos...
Como gavetas,
Como sinais,
Como lembranças,
Como senões...

(Paulo da Vida Athos)

quinta-feira, fevereiro 24, 2011




Precisa-se...


"Precisa-se de pessoas com coragem,

sensibilidade,

senso de Justiça,

com capacidade para de se indignar diante da covardia,

que amem a Vida,

prefiram a Democracia no lugar da das ditaduras,

e se somem a força do Direito

e não ao direito da força,

para fazer parte dessa corrente contra as milícias no Brasil,

até que um dia fiquemos livres de todas elas.


Precisa-se de pessoas assim... como você!"



Paulo da Vida Athos


(Clique aqui e participe do MOVIMENTO CONTRA AS MILÍCIAS NO BRASIL)

sábado, janeiro 08, 2011

LABORATÓRIO ASTRAZENECA RETIRA SPLENDIL DO MERCADO





Já sem o genérico Felodipino, o Laboratório ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA retira o SPLENDIL do mercado sem explicações: um crime contra a saúde pública!



Tive uma longa conversa com o Tonhão, que estava pau da vida. E tinha razão, eu acho. Afinal, é o dele quer está na reta e, como se diz, pimenta no olho dos outros é refresco. Mas vou relatar o que ele me contou para que cada um tire sua conclusão.
“-É, meu irmão... pobre tem mais que se foder mesmo”, começou assim, do nada, entre uma olhada no copo de sua cervejinha e outra para a bunda da morena que passava, a revelarsua indignação. E continuou sem esperar nada de mim, “a porra dos laboratórios mandam nessa merda e um dia vou perguntar pra eles se quando fodem eles beijam, porque vou pedir pra dar doiszinhos aqui na minha nuca por que tão me fodendo há muito tempo, e agora, tá duro de aturar”.
"- Mas o que que houve , negão?", perguntei (posso trata-lo assim, pois somos do tempo em que não existia racismo no Brasil e esse tratamento carinhoso, tão carinhoso quanto chamar alguém querido de “seu puto, vem cá me dar um abraço”, era natural e revelava intimidade e amizade entre os interlocutores e nenhum receio de patrulha ideológica).
Então ele me contou o que aqui reduzo a termos menos impuros e mais aceitáveis para as pessoas de fino trato.
O laboratório ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA é o fornecedor do medicamento SPLENDIL, que tem dosagens de 2,5mg, 5mg e 10mg. Um medicamento hipertensivo.
O princípio ativo do medicamento é o FELODIPINO. Durante alguns anos, o FELODIPINO, que estava na lista dos genéricos do Ministério da Saúde, aliviava um pouco o bolso do consumidor, obrigado pela patologia crônica da hipertensão.
Aos poucos o genérico FELODIPINO foi desaparecendo do mercado, até que somente ficou o SPLENDIL. Não tinha saída e, mesmo caro, recorria-se a ele (falo no plural pois são milhares que usam o tal medicamento), não tinha outra maneira. Aquele papo de “se ficar o bicho come”.
Há cerca de 2 (dois) meses no entanto foi ficando difícil encontrar o SPLENDIL, de qualquer dosagem, nas farmácias. Tal como ocorreu com o genérico, foi desaparecendo aos poucos das farmácias até que desapareceu por completo.
Não por duvidar de Tonhão, sujeito nobre e justo, mas por curiosidade liguei para 56 farmácias na zona sul do Rio, principalmente Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico: e, nada! Apenas informam que o laboratório não está fornecendo o produto. Assim, sem maiores explicações.
Como Tonhão, alguns milhares de hipertensos apenas se adaptaram a esse medicamento. A pergunta é: o que fazer?
Os laboratórios, sem prévio aviso, retiraram de produção o genérico do SPLENDIL, chamado FELODIPINO, e como disse, agora, o ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA retirou o próprio SPLENDIL (de todas as dosagens, também sem prévio aviso). Tipo “que se dane o avião, não sou o piloto”. Nem uma farmácia tem em qualquer apresentação, nem de 2,5, 5, ou de 10mg. Um absurdo.
Creio que o Ministério da Saúde do Governo Dilma não deixará barato. Para mim, isso é crime contra a saúde pública e contra a vida de um número não avaliável de pessoas. Coisa para a qual o Ministério Público Federal, sempre diligente, e a OAB Federal, devem denunciar de imediato.
O Governo não pode cruzar os braços. Pelo Tonhão e por milhares de “tonhões” que estão sendo desrespeitados como consumidores e cidadãos... além de terem suas vidas sido colocadas em risco.
Basta de abuso por parte dos laboratórios contra o povo brasileiro e conta as pessoas que aqui vivem.
Justiça, neles!

Ps.: Algum tempo depois o abastecimento do Splendil  foi normalizado, muuuito mais caro! Essa foi a estratégia: retiraram o genérico, retiraram o Splendil, aumentaram absurdamente o preço e pronto!

Cadeia neles!

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