segunda-feira, dezembro 31, 2018

Que venha 2019!



Que venha 2019!



E, que nossos amores sejam ainda mais amorosos e que longe passem do desamor.

Que nossos sonhos se materializem com a força de nossa luta ou de nossa fé, mas que se realizem.

Que a humanidade tenha mais humanidade que humanos, e a justiça frequente mais as ruas que os salões.

Que o mundo tenha paz, que não haja fome nem guerras, que os orçamentos militares sejam contingenciados para a demanda de alimento para os homens de boa vontade, e que sejamos todos de boa vontade.

Que os sorrisos renasçam como as flores que enfeitam as manhãs de domingo, trazendo em cada um uma mensagem de gratidão à Vida. Que todos amemos a Vida.

Que não exista órfão que não encontre pais, que não existam velhos pilhados pela solidão, que não habite em canto nenhum da terra um cão abandonado, um animal com fome ou explorado, e que todos eles tenham a liberdade do voo do condor, mesmo que seja amputado.

Que sejamos solidários uns com os outros, que a intolerância seja alijada da terra, levando, junto com ela, para o Hades mais profundo, o preconceito e o racismo.

Que a Política faça política com ética, que a Justiça semeie justiça sem política, e que os homens públicos só atuem com ética.

Que possam ser construídas mais escolas do que prisões, com cada vez menos prisões e mais justiça social.

Que possamos andar pelas ruas de nossas cidades, sem medo, de noite ou de dia, no sol ou na chuva, e que a natureza conspire em nosso favor eliminando as tragédias.

E que a única tragédia seja não ter vivido um grande amor.

Feliz Ano Novo para todos!

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2018.

terça-feira, dezembro 18, 2018

Ao meu irmão de verso e de cruz











Ao meu irmão de verso e de cruz*






O vigor físico a gente usa quando tem e pode.

O vigor mental, meu irmão querido, é diferente.

Quando a batalha depende de vigor físico, que não temos tanto, é mais difícil.

Porém difícil não é sinônimo de impossível.

Usa-se a experiência, a inteligência. Primeiro para saber se uma batalha física deve - e pode - ser enfrentada. E então tomar a decisão mais acertada.

Quanto a batalha é mental, intelectual, não física, aí discordo!

O vigor mental não se exaure enquanto não nos rendemos. Essa é a questão. Muitas vezes nos rendemos para nós mesmos, e não se abandona o jogo antes do apito final.

Nessa batalha mental em que enfrentamos monstros interiores - às vezes alguns querendo se exteriorizar - não concordo com exaurimento de vigor, de força mental, sem nossa permissão.

Olhe para trás. Veja quantas foram as batalhas.

Olhe para dentro de você, veja suas cicatrizes interiores. Cada uma é uma medalha. Cada uma corresponde a uma batalha vencida ou perdida, mas sobrevivemos.

A guerra nunca será vencida por nós, mas também nunca seremos derrotados no combate que se dá nesse campo de batalha chamado Vida.

Enquanto estivermos nele, não seremos derrotados.

E quando não mais estivermos nele, é porque fomos dançar nossa última valsa com a derradeira namorada, a Morte.

E, nesse caso, não estaremos aqui.

Ou seja: nunca perderemos a guerra e testemunharemos isso.

Logo, usemos nossas recordações quando mais nada nos restar.

Fiz isso aos 20 anos, durante os anos que vivi no inferno, porque não o faria agora que sou muito mais velho, experiente e com muito mais recordações bonitas que vivi depois?

Não! Me recuso! Não hastearei bandeira de rendição!

Pego logo uma recordação bonita, faço dela uma esponja, ou enxugo a lágrima com um mata-borrão!

E espero que, como guerreiro que sei que é, te encontrar como sempre, de pé, bailando com a Vida!

Grande abraço! Bom dia!

RJ, 18/12/2018


Paulo da Vida Athos

*AGV

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