sexta-feira, abril 19, 2013

Corpo de pobre não dá Ibope



Corpo de pobre não dá Ibope.


Não dá para não perceber a diferença de tratamento que é dado pela mídia, entre a vítima rica e a vítima pobre.  Em manifesto interesse comercial, a grande mídia coloca luzes diferentes sobre cadáveres iguais.  Sim, iguais, pois se tem uma coisa que nivela todos nós, é a morte.  

Se a vítima faz parte da classe média alta, dá para ver o cifrão no início de cada frase escrita, ou nos olhos dos apresentadores de nossos telejornais.  Não há interesse público norteando as redações, há interesse no público.  Saindo do costumeiro quadro de tratamento dado pela grande mídia quando a violência urbana faz uma vítima na classe média, constata-se que o mesmo tratamento é dado nas tragédias.  

Se falo no caso Bateau Mouche IV, embarcação de turismo que naufragou na Baia de Guanabara em 31 de dezembro de 1988, todos que contavam com mais de 20 anos, naquela data, terá alguma lembrança sobre o caso.  Nem é para menos, durante décadas, enquanto não transitou a sentença judicial sobre o fato, a mídia repercutiu.  Haviam 142 passageiros a bordo; 55 perderam a vida.  Dentre as vítimas fatais, estava a atriz global  Yara Amaral. Lembraram?  Pois bem, a mídia, hoje, repercute mais uma tragédia com embarcação na Bacia  Amazônica. 

O dono do "Iate Leão do Norte", que naufragou próximo a Ilha de Marajó nessa madrugada,  informou à polícia que havia 54 pessoas na embarcação, mas o número oficial informa 11 mortos e 46 desaparecidos.   Ao longo de todos esses anos, centenas de naufrágios ocorreram na região amazônica.  A mídia, quando noticia, o faz uma vez, e não mais repercute o fato.   Tenho em minha memória a tragédia da embarcação "Novo Amapá", ocorrida no rio Cajari, no Pará, no início de janeiro de 1981, onde cerca de 300 das 600 pessoas perderam a vida. Alguém lembra? 

 Pois é, entre 1981 até hoje, todos os anos uma tragédia ocorre nas águas daqueles rios, as vezes mais de uma vez por ano.  As autoridades, civis e militares, incluindo a Marinha, que tem o poder regulador e fiscalizador,  nunca fizeram nada.   A mídia não as menciona, ou, quando o faz, não é mais que um dia.  

São corpos de pobres, não dão Ibope.

Corpo de pobre não dá Ibope



Corpo de pobre não dá Ibope.


Não dá para não perceber a diferença de tratamento que é dado pela mídia, entre a vítima rica e a vítima pobre.  Em manifesto interesse comercial, a grande mídia coloca luzes diferentes sobre cadáveres iguais.  Sim, iguais, pois se tem uma coisa que nivela todos nós, é a morte.  

Se a vítima faz parte da classe média alta, dá para ver o cifrão no início de cada frase escrita, ou nos olhos dos apresentadores de nossos telejornais.  Não há interesse público norteando as redações, há interesse no público.  Saindo do costumeiro quadro de tratamento dado pela grande mídia quando a violência urbana faz uma vítima na classe média, constata-se que o mesmo tratamento é dado nas tragédias.  

Se falo no caso Bateau Mouche IV, embarcação de turismo que naufragou na Baia de Guanabara em 31 de dezembro de 1988, todos que contavam com mais de 20 anos, naquela data, terá alguma lembrança sobre o caso.  Nem é para menos, durante décadas, enquanto não transitou a sentença judicial sobre o fato, a mídia repercutiu.  Haviam 142 passageiros a bordo; 55 perderam a vida.  Dentre as vítimas fatais, estava a atriz global  Yara Amaral. Lembraram?  Pois bem, a mídia, hoje, repercute mais uma tragédia com embarcação na Bacia  Amazônica. 

O dono do "Iate Leão do Norte", que naufragou próximo a Ilha de Marajó nessa madrugada,  informou à polícia que havia 54 pessoas na embarcação, mas o número oficial informa 11 mortos e 46 desaparecidos.   Ao longo de todos esses anos, centenas de naufrágios ocorreram na região amazônica.  A mídia, quando noticia, o faz uma vez, e não mais repercute o fato.   Tenho em minha memória a tragédia da embarcação "Novo Amapá", ocorrida no rio Cajari, no Pará, no início de janeiro de 1981, onde cerca de 300 das 600 pessoas perderam a vida. Alguém lembra? 

 Pois é, entre 1981 até hoje, todos os anos uma tragédia ocorre nas águas daqueles rios, as vezes mais de uma vez por ano.  As autoridades, civis e militares, incluindo a Marinha, que tem o poder regulador e fiscalizador,  nunca fizeram nada.   A mídia não as menciona, ou, quando o faz, não é mais que um dia.  

São corpos de pobres, não dão Ibope.

It was not an act of war in Lebanon

It was not an act of war in Lebanon. It was not an act of war, it was a terrorist act, a terrorist action that Israel carried out against Le...