terça-feira, dezembro 31, 2013

Que venha 2014!

Que venha 2014!

E,

Que nossos amores sejam ainda mais amorosos e que longe passem do desamor.
Que nossos sonhos se materializem com a força de nossa luta ou de nossa fé, mas que se realizem;
Que a humanidade tenha mais humanidade que humanos, e a justiça frequente mais as ruas que os salões.
Que o mundo tenha paz, que não haja fome nem guerras, que os orçamentos militares sejam contingenciados para a demanda de alimento para os homens de boa vontade, e que sejamos todos de boa vontade.
Que os sorrisos renasçam como as flores que enfeitam as manhãs de domingo, trazendo em cada um uma mensagem de gratidão à Vida. Que todos amemos a Vida.
Que não exista órfão que não encontre pais, que não existam velhos pilhados pela solidão, que não habite em canto nenhum da terra um cão abandonado, um animal com fome ou explorado, e que todos eles tenham a liberdade do vôo do condor, mesmo que seja amputado.
Que sejamos solidários uns com os outros, que a intolerância seja alijada da terra, levando, junto com ela, para o Hades mais profundo, o preconceito e o racismo.
Que a Política faça política com ética, que a Justiça semeie justiça sem política, e que os homens públicos só atuem com ética.
Que possam ser construídas mais escolas do que prisões, com cada vez menos prisões e mais justiça social.
Que possamos andar pelas ruas de nossas cidades, sem medo, de noite ou de dia, no sol ou na chuva, e que a natureza conspire em nosso favor eliminando as tragédias.
E que a única tragédia seja não ter vivido um grande amor.
Feliz Ano Novo para todos!

(Paulo da Vida Athos)

quinta-feira, novembro 21, 2013

Ponte ditador Costa e Silva

O Congresso Nacional, aprovou quinta-feira, 21/11, o Projeto de Resolução 4/2013, que anula a sessão de 1964 na qual foi declarada vaga a Presidência da República, então ocupada por João Goulart (1919-1976). A sessão anulada, foi presidida pelo presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, tendo ocorrido "na madrugada de 1° para 2 de abril, quando Jango se encontrava no Rio Grande do Sul, e abriu caminho para a instalação do regime militar, que durou até 1985". 

Segundo os autores do projeto, os senadores Simon e Randolfe Rodrigues "a declaração de vacância da Presidência foi inconstitucional, porque a perda do cargo só se daria em caso de viagem internacional sem autorização do Congresso, e o presidente João Goulart se encontrava em local conhecido e dentro do país".

Quando findar esse processo legislativo, parte da história estará sendo retificada em nome da verdade.  Importante frisar que todos os presidentes militares que sucederam ao cargo após a sessão anulada, deverão perder esse título, por vício na origem.  

E, nos livros de História que nossa crianças lerão nas escolas daqui para frente, cada um  daqueles "presidentes" deverá passar a ostentar o verdadeiro título que lhe cabe na história: ditador!

quinta-feira, novembro 14, 2013

De crianças, navegantes e mar

"Bom dia, venci!" Esse é o brado que sinto vontade de dar nesse momento, mas o que é vitória e o que é derrota no campo do tempo e da vida, se nascemos tendo no corpo escrito um endereço certo, chão?

No que diz respeito a vida em si, quando é ela que está em jogo, o "máximo" que temos são vitórias em batalhas temporárias nas quais recuperamos um período ou prorrogamos o tempo que nos seria arrebatado. Parece pouco, mas não é; indague ao moribundo ou ao sentenciado a morte.

O que tento dizer Dostoiévski deixou muito claro em sua obra "Recordação da Casa dos Mortos", quando relata sua condenação a morte por divulgar idéias revolucionárias em seus debates e o exato momento da execução da sentença, com o pelotão de fuzilamento em forma, no instante em que o comandante lhe dá os cinco minutos que pedira para refletir. Logo depois a sentença seria comutada, era uma farsa que ele desconhecia, e seria enviado para a Sibéria.

Naquela hora em que soube que não seria fuzilado, de que não morreria - pelo menos não naquele momento - se sentiu inebriado, já que, minutos antes, odiara ter perdido tanto tempo tentando modificar as coisas ao invés de viver; também se sentiu inebriado, provavelmente, por não imaginar o inferno que viveria na prisão siberiana onde passaria seus próximos quatro anos.

No entanto, Dostoiévski tinha razão por se sentir inebriado. Ninguém vence o tempo e a morte e o máximo que conseguimos entre um momento e outro do embarcar e desembarcar na estação da Vida, são as vitórias em pequenas ou grandes batalhas, os tempos de felicidade, os amores e esperanças vividas, as chegadas e despedidas, a alegria e a coragem com que nos lançamos ao mar, e o que aprendemos e vamos transmitindo ao longo dessa viagem.

Alguns preferem encontrar um porto nesse mar, outros preferem ter às mãos sua própria âncora para não dependerem do cais. Não há erro na escolha, apenas opção. Mas tanto uns quanto outros conhecem a máxima do poeta: -"Navegar é preciso!"

Para navegar, não se pode temer as tempestades nem os monstros marinhos e o velho navegante sabia disso. Mas se o terror do navegante são as tempestades, sua maior alegria é sentir os raios do sol no corpo após cada uma delas.

É assim, sempre foi assim e continuará sendo assim na vida de cada um de nós. Afinal, o que é que nós faz chorar hoje senão aquilo que nos fazia sorrir ontem, e o que nós faz sorrir hoje senão aquilo que nos tornará tristes amanhã? O nascimento e a morte, o casamento e a separação, provam isso. Mas não é nem em um nem em outro momento que podemos viver nossas maiores alegrias nem nossas tristezas mais profundas. Só existe um tempo possível, que é o agora, o hoje, o já. Daí a importância de vivermos bem cada instante presente.

Muita gente, eu mesmo muitas vezes, esquece de dizer "te amo" para as pessoas amadas, deixando isso "para depois"; é curioso, pois não temos qualquer certeza quanto a esse "depois"... É sempre melhor dizer logo, na hora, e de preferência sempre; até porque o sempre é tão incerto e volátil quanto o nunca.

Como navegante me sinto um velho marujo que o sal e o sol desenharam a face e a alma. O navegante sente medo, não é um intimorato como pensam alguns: apenas tem a coragem um pouquinho maior que o medo.

Mas esse velho marujo tem a alma canina, tem alma criança, que esquece fácil as coisas ruins vividas e se surpreende sempre com cada amanhecer.

Hoje é uma nova manhã em minha vida. Acabo de vencer mais uma batalha.

Nunca vencerei a guerra. Mas lutarei todas as batalhas e viverei todos os momentos da Vida.

Bom dia a todos!

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2013.

quarta-feira, outubro 23, 2013

Torcer pelo Botafogo

Torcer pelo Botafogo é ser xiita, fundamentalista e apaixonado. É paixão que não morre. Não apenas as vitórias, ou os títulos conquistados (esse ano já ganhamos o Campeonato Carioca), mas até as derrotas fortalecem nosso amor pelo alvinegro de General Severiano.

quarta-feira, setembro 18, 2013

Ideologia: ódio ao PT

Vez ou outra me vejo na necessidade de defender o PT em, como diria meu amigo Marcão, esgrima virtual. Duro é debater com pessoas que sequer ostentam sua preferência partidária, como se isso fosse uma doença contagiosa, como se tivessem vergonha de não serem petistas ou, pelo menos, de esquerda (invariavelmente são do PSDB ou da direita raivosa). Para mim muitas vezes é duro de aturar esse tipo de ideologia anônima ou simplesmente anti-petista. Mas apenas para não deixar o interlocutor sem resposta, o que seria falta de educação de minha parte vez que ele insiste com a vontade de argumentar e traz novos argumentos à conversa, dou prosseguimento. Algumas colocações até são compartilhadas por mim, principalmente as desairosas com relação ao PMDB, sobre Cabral e Paes, sobre alianças expúrias em nome da governabilidade, e o muito mais que poderia, já, ter sido feito. Não posso concordar com o que chamam de "política de assistencialismo" para o único programa feito e efetivamente implementado por um governo, para tirar a maior parte do povo da pobreza absoluta ou da miséria, o bolsa-família. Quem tem fome tem pressa, disse Betinho. Não creio que alguém realmente classifique programas individuais como Cotas, Bolsa-Família, PAC, Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, ProUni, Ifets, Fies, ReUni, na categoria de assistencialismo e não de resgate de cidadania e de um mínimo de justiça social. Só o bolsa-família reduziu trabalho precoce "na faixa de 15 a 17 anos, evitando o abandono da escola para ajudar na renda doméstica. Em 2003, estes jovens eram 26% da População Economicamente Ativa (PEA) índice que foi reduzido a 18,9% em 2011. Tudo isto nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre, segundo o IBGE. Observamos também uma significativa redução do trabalho infantil que, de 2001 a 2011, caiu de 11,6% para 5,5%, na faixa de 10 a 14 anos." A velha mídia e a oposição faz isso, esconde essa realidade, mas com o viés de revanchismo e um pouco de inveja, e esse é o discurso da Veja, da Globo e de toda velha mídia golpista. E é golpista assumida, como vimos em O Globo. A mídia alternativa é a arma de desmentido que hoje temos à mão. Alguns comparam Carta Capital com o Globo, a Veja e a mídia tradicional. Mas nem quem o faz acredita nisso. Comparar a Veja com qualquer "blog sujo", ou site de esquerda, é concluir que a mídia alternativa é límpida e cheirosa, e isso está na história. A velha mídia que está fazendo oposição no lugar de PSDB, DEM, etc., ê a mesma que sempre esteve e está contra o povo, e que, confessadamente, apoiou a ditadura. As editorias tradicionais, por fazerem parte dessa elite, nunca jogou ou jogará a favor do povo e isso é incontestável e não serve como argumento, muito menos é legítimo comparar. Onze famílias comandam a mídia no Brasil. Famílias da elite, que jogam no time da elite que joga contra o povo. Dê uma olhada nesse vídeo: http://evoluindo-sempre.blogspot.com.br/... Mas, continuando, criticar o PT com esse mesmo discurso usado pela velha mídia, apenas aponta desconhecimento, ou deliberado intuito de esconder o impossível de ser escondido, com relação ao conquistado pelo povo na era do petismo. Como descartar o aumento da geração de empregos, o aumento da renda do trabalhador, o avanço (que insistem em subestimar) na educação, na qualidade do ensino, na redução da pobreza e as conquista na área habitacional? Isso a velha mídia tenta esconder, assim como a oposição, mas o povo, o beneficiário, responde que existem sim, com seu voto, como espero ocorrer em 2014, em que pese a sanha mídia, da elite e da burguesia. Alguns dos detratores dizem que, um dia, estiveram com Lula, que o apoiaram. Creio ser verdade, assim como sei que Arnaldo Jabor já esteve na esquerda. Quanto a alianças espúrias, como governar o Brasil diante de um sistema presidencialista com dispositivos parlamentaristas? Foi o que fez Janio renunciar por não poder presidir, de fato, a República. Jango quando assumiu fez um plebiscito e derrubou o parlamentarismo. A elite civil e militar insuflou a burguesia com a velha história de que o comunismo estava batendo às portas do Brasil para cimeras criancinhas e houve o golpe contra um governo legitimamente eleito, o de Jamgo, que tinha aprovação, segundo pesquisas à época, realizadas entre "os dias 20 e 30 de março de 1964, quando a democracia já era tangida ao matadouro pelos que bradavam a sua defesa em manchetes e editoriais, mostram que: a) 69% dos entrevistados avaliavam o governo Jango como ótimo (15%), bom (30%) e regular (24%). Apenas 15% o consideravam ruim ou péssimo, fazendo eco dos jornais; b) 49,8% cogitavam votar em Jango, caso ele se candidatasse à reeleição, em 1965 (seu mandato expirava em janeiro de 1966); 41,8% rejeitavam essa opção; c) 59% apoiavam as medidas anunciadas pelo Presidente na famosa sexta-feira, 13 de março." Pois bem, o que é o mensalão, fraude contra o erário? Tá, que se julgue sem espetacularização e dentro das regras do devido processo legal. Ele e todas as demais denúncias de fraude, sem preferencias partidárias, tudo ao comando das regras processuais em vigor, sem julgamentos de exceção. Ora, mas isso não importa! O importante é fritar o PT, e o povo junto, como fizeram com Jango. O que estamos assistindo nada mais é que um golpe disfarçado em prestação jurisdicional. Não fosse, o julgamento não seria esse espetáculo midiático e violador de princípios seculares de direitos individuais, conquistado com muito sangue e muita dor pela humanidade. Repito, isso é o mais importante em jogo nesse momento. Só cego não vê. Se o PT fez tudo que poderia fazer, claro que não. Precisa fazer muito mais. Mas nada justifica esse ódio que atropelou a justiça brasileira, envergonhando o mundo jurídico. Mas eles preferem o golpe, para depois fazer o que sempre fizeram pelo povo brasileiro: nada.

sábado, agosto 24, 2013

Os médicos cubanos, a hipocrisia burguesa e a oposição


A oposição e as instituições representativas da categoria, são contra a vinda dos médicos estrangeiros, de qualquer nacionalidade ainda que a velha mídia os mencione apenas como "os médicos cubanos".

A conduta daqueles que se opõem é censurável, em maior ou menor grau, em razão de seus interesses. 

As corporações representativas da categoria, são contra,  e argumentam, para fundamentar essa posição, que eles "são despreparados", o que já restou desmentido. São preparados, não são recém formados, e guardam experiências de outras ações semelhantes em locais onde a miséria, ou a falta de profissionais do ramo, os levaram. Ridiculamente até os nomearam curandeiros, afirmando que os processarão por esse crime.

A oposição fala em trabalho escravo e falta de transparência na contratação, enquanto aqui são a favor da terceirizaçào que solapa direitos dos trabalhadores em favor de quem bancou suas candidaturas, os empresários.

Ambos estão na mesma trincheira: contra o povo desasistido. Esse povo que vive em rincões distantes, ou em áreas de risco nas favelas e nas periferias, onde nossos médicos não podem ou não querem estar.

As associações médicas, em nome do dinheiro.

A oposição, em nome do poder.

Um poder que querem e nunca receberão do povo que preferem ver desasistido ou morto.

terça-feira, junho 18, 2013

A direita, através da grande mídia, tenta cooptar os protestos

A grande mídia está tentando cooptar as manifestações.  Quando ouço Jabor se desculpar e elogiar, já acende em mim uma dupla luz vermelha ("cuidado", diz minha voz interior, " esse cara é o porta voz do que de pior existe para a democracia, a rede esgoto de televisão"); então observo a capa tendenciosa e subreptícia da Veja, como se ela desde sempre apoiasse as manifestações, somo aos elogios da Folha e do Estadão fechando o coro da mídia venal em favor dos Manifestos, justamente eles que semana passada exigiam gás lacrimogêneo, spray pimenta, borracha e chumbo, para essa mesma galera e que, ao longo da história recente, apoiaram a ditadura militar e apóiam tudo que é contra as aspirações das camadas mais desvalidas de nossa população. Minha voz interior não cala, "cuidado, a direita está armando um golpe através da única oposição as esquerdas no Brasil, a mídia; o movimento social está sem liderança efetiva e, como uma boiada, pode ser tangida pela tela da Rede Globo". Ê preciso, penso, uma maciça participação através de todos os meio e formas disponíveis, pela esquerda, para denunciar essa tentativa de manipulação dos jovens que está em movimento. Sem autofagismo, a esquerda precisa despertar para o fato de que estamos entregando para a direita, de mãos beijadas e olhos cerrados para a realidade, tudo que conquistamos desde que os golpistas de 64 aparentemente saíram de cena. Enganam-se aqueles que pensam que saíram de cena mesmo. Estão a espreita de um momento favorável. E o que estamos presenciando inertes e desunidos  pode ser o momento que a reaçada tanto espera. Aqueles que criaram essa marola, muitos deles de partidos de esquerda, não avaliaram que poderia tomar essa proporção e sair de controle. E a direita tenta entrar nesse vácuo e usar os protestos em seu benefício. Por exemplo, a Globo é contra a PEC 37, para poder usar o MP em seu denuncismo, pois se apoia em setores do mesmo.  Usa o discurso de que apoiar a PEC 37 é enfraquecer o Ministério Público, esse mesmo MP que só investiga o que a Globo pauta (ou alguém esqueceu que o mensalão  tucano não ata nem desata e das violências ao Direito praticadas na AP 470?).  Na verdade a PEC 37 não é a favor da corrupção, ela é contra as práticas de favorecimento ao denuncismo da Globo, da Veja e da grande mídia venal.  Essa manipulação está visível.  É urgente que, agora, a esquerda vá para as ruas com suas plataformas tradicionais e progressistas contra a direita, para tentar dar norte a essa onda gigante que a direita tenta cavalgar. 

quarta-feira, junho 12, 2013

Lugar de petista é do lado do povo

Leio críticas a alguns movimentos sociais. A máfia do Rio-Ônibus, a Fetransportes, assim como a máfia das construtoras e outros grupos semelhantes, são sócios e partícipes do governo estadual e municipal no Rio de Janeiro. Sócios-asseclas. Veja o envolvimento da Delta com os governos fluminense e carioca, veja como estão loteando o Rio de Janeiro. Nem o Maraca, mais, é nosso. Ora, se a máfia do transporte público está "fechada" com o governo do estado e com a prefeitura, o que mais pode fazer quem quer lutar, o povo? Se omitir como ocorreu durante os anos da ditadura, em que muitos se sacrificaram por milhões que se acovardaram? Ficar inerte como ficou nos últimos anos ou botar o bloco na rua? Tá, existe inexperiência nas manifestações, mas não vejo outro meio de adquirir essa experiência sem ir para as ruas, as ruas são os palanques do povo. O Movimento Passe Livre tem feito isso, e não apenas ele. Outros movimentos surgem e essa é uma tendência mundial. Apenas a juventude deve estar atenta para não ser usada pela direita, para isso deve cada vez mais se envolver com política, beber política, viver política, olhar para o passado para não repetir erros que foram cometidos (principalmente, o da omissão): e ir a luta. Bater em retirada quando não for possível avançar, para depois poder poder voltar com maior ímpeto. Jamais cruzar os braços ou se omitir. De minha parte creio que devem ser incentivados e que devemos estar com eles nas ruas, sempre que pudermos. Justamente por causa dessa relação dessas máfias com as prefeituras, é que o povo deve tomar as rédeas. Se o pacto social é injusto socialmente, rompa-se com ele. Creio que, com essa ou aquela diferença, quem é petista ou de esquerda, quanto a essência pensa da mesma forma. Prefiro o PT longe de Cabral e Paes, e bem perto do povo. Assim, continuarei petista enquanto minha repugnância por algumas alianças expúrias, que já foram feitas, permitir. Não estou sozinho, não sou um petista louco e solitário: a Juventude Petista está comigo em seu manifesto: "Neste sentido, a Juventude do PT vem a público reivindicar a reversão dos aumentos das passagens e manifestar sua solidariedade e apoio aos movimentos que lutam contra esses aumentos. Mais que isso: conclamamos a militância petista a participar ativamente das manifestações e comitês, a começar pelo ato do dia 11 de junho, às 17h, na Praça do Ciclista, Av. Paulista!" Se tem partidos da esquerda querendo derrubar o PT com esses movimentos, evidente que sim. Apenas nas cidades do PT ocorreram manifestações. Mas reassumo que não é o caso de demonificar as manifestações, mas sim de colocar a militância petista nas ruas, ao lado do povo, como era no passado. Continuarei louco, ainda sou petista, não estou sozinho, e jamais me posicionarei contra o que é justo para o povo.  O excessivo uso da força contra os manifestantes no Brasil, apenas demonstra que as forças de segurança estão despreparadas. Ninguém pode duvidar da legitimidade das manifestações. Somente os hipócritas.  O que o PT deveria fazer era apoiar as manifestações. Foram elas que conduziram-no ao governo. Ao contrário de criticar, deveria colocar sua militância nas ruas, junto com PSOL, PSTU, PCO, UNE, fazendo tremular nossas bandeiras. Sair dessa inércia que nos assemelha ao que antes criticávamos. Entre o partido, o  Poder e o povo, fico com o povo.

sexta-feira, abril 19, 2013

Corpo de pobre não dá Ibope



Corpo de pobre não dá Ibope.


Não dá para não perceber a diferença de tratamento que é dado pela mídia, entre a vítima rica e a vítima pobre.  Em manifesto interesse comercial, a grande mídia coloca luzes diferentes sobre cadáveres iguais.  Sim, iguais, pois se tem uma coisa que nivela todos nós, é a morte.  

Se a vítima faz parte da classe média alta, dá para ver o cifrão no início de cada frase escrita, ou nos olhos dos apresentadores de nossos telejornais.  Não há interesse público norteando as redações, há interesse no público.  Saindo do costumeiro quadro de tratamento dado pela grande mídia quando a violência urbana faz uma vítima na classe média, constata-se que o mesmo tratamento é dado nas tragédias.  

Se falo no caso Bateau Mouche IV, embarcação de turismo que naufragou na Baia de Guanabara em 31 de dezembro de 1988, todos que contavam com mais de 20 anos, naquela data, terá alguma lembrança sobre o caso.  Nem é para menos, durante décadas, enquanto não transitou a sentença judicial sobre o fato, a mídia repercutiu.  Haviam 142 passageiros a bordo; 55 perderam a vida.  Dentre as vítimas fatais, estava a atriz global  Yara Amaral. Lembraram?  Pois bem, a mídia, hoje, repercute mais uma tragédia com embarcação na Bacia  Amazônica. 

O dono do "Iate Leão do Norte", que naufragou próximo a Ilha de Marajó nessa madrugada,  informou à polícia que havia 54 pessoas na embarcação, mas o número oficial informa 11 mortos e 46 desaparecidos.   Ao longo de todos esses anos, centenas de naufrágios ocorreram na região amazônica.  A mídia, quando noticia, o faz uma vez, e não mais repercute o fato.   Tenho em minha memória a tragédia da embarcação "Novo Amapá", ocorrida no rio Cajari, no Pará, no início de janeiro de 1981, onde cerca de 300 das 600 pessoas perderam a vida. Alguém lembra? 

 Pois é, entre 1981 até hoje, todos os anos uma tragédia ocorre nas águas daqueles rios, as vezes mais de uma vez por ano.  As autoridades, civis e militares, incluindo a Marinha, que tem o poder regulador e fiscalizador,  nunca fizeram nada.   A mídia não as menciona, ou, quando o faz, não é mais que um dia.  

São corpos de pobres, não dão Ibope.

Corpo de pobre não dá Ibope



Corpo de pobre não dá Ibope.


Não dá para não perceber a diferença de tratamento que é dado pela mídia, entre a vítima rica e a vítima pobre.  Em manifesto interesse comercial, a grande mídia coloca luzes diferentes sobre cadáveres iguais.  Sim, iguais, pois se tem uma coisa que nivela todos nós, é a morte.  

Se a vítima faz parte da classe média alta, dá para ver o cifrão no início de cada frase escrita, ou nos olhos dos apresentadores de nossos telejornais.  Não há interesse público norteando as redações, há interesse no público.  Saindo do costumeiro quadro de tratamento dado pela grande mídia quando a violência urbana faz uma vítima na classe média, constata-se que o mesmo tratamento é dado nas tragédias.  

Se falo no caso Bateau Mouche IV, embarcação de turismo que naufragou na Baia de Guanabara em 31 de dezembro de 1988, todos que contavam com mais de 20 anos, naquela data, terá alguma lembrança sobre o caso.  Nem é para menos, durante décadas, enquanto não transitou a sentença judicial sobre o fato, a mídia repercutiu.  Haviam 142 passageiros a bordo; 55 perderam a vida.  Dentre as vítimas fatais, estava a atriz global  Yara Amaral. Lembraram?  Pois bem, a mídia, hoje, repercute mais uma tragédia com embarcação na Bacia  Amazônica. 

O dono do "Iate Leão do Norte", que naufragou próximo a Ilha de Marajó nessa madrugada,  informou à polícia que havia 54 pessoas na embarcação, mas o número oficial informa 11 mortos e 46 desaparecidos.   Ao longo de todos esses anos, centenas de naufrágios ocorreram na região amazônica.  A mídia, quando noticia, o faz uma vez, e não mais repercute o fato.   Tenho em minha memória a tragédia da embarcação "Novo Amapá", ocorrida no rio Cajari, no Pará, no início de janeiro de 1981, onde cerca de 300 das 600 pessoas perderam a vida. Alguém lembra? 

 Pois é, entre 1981 até hoje, todos os anos uma tragédia ocorre nas águas daqueles rios, as vezes mais de uma vez por ano.  As autoridades, civis e militares, incluindo a Marinha, que tem o poder regulador e fiscalizador,  nunca fizeram nada.   A mídia não as menciona, ou, quando o faz, não é mais que um dia.  

São corpos de pobres, não dão Ibope.

sábado, janeiro 19, 2013

Diminuição da menoridade penal é cinismo



É engraçado.  Num país onde em pleno século XXI ainda se tortura e se mata oficialmente, como gritar por redução da menoridade penal?  Antes de qualquer coisa é preciso limpar dos quadros policiais bandidos que lá se encobrem para prática de seus crimes, e, para isso, a sociedade tem que se despir de seu cinismo e cobrar isso aos governos que elege. Se o governo não age, que se deponha o governo.  Mas que não se coloque mais essa conta na mesa dos miseráveis.


It was not an act of war in Lebanon

It was not an act of war in Lebanon. It was not an act of war, it was a terrorist act, a terrorist action that Israel carried out against Le...