sexta-feira, julho 13, 2007

MINHA GRATIDÃO E MEU AMOR


Meus amados amigos.


Não vou nomear um por um, nem os que conheço pessoalmente nem os que virtualmente a vida colocou em meus caminhos.

Levaria mais tempo que dizer simplesmente: amo vocês.

Nunca me envergonhei de dizer que amo vez que para o poeta o amor é ar e me conduziu e conduz meus passos e me norteia aos meus ideais.

Amo amar, amo o amor e amo a humanidade, amo ser humano e amo o ser humano, independente de qualquer erro que tenha cometido, pois errar é da natureza humana e perdoar é da natureza do amor e convivo bem com essas coisas.

Razão por não me importar com críticas e por lutar contra o que é contra o amor:a a tortura,a intolerância, o ódio, ditaduras, ditadores e qualquer coisa que impeça o homem de ser feliz em sua plenitude.

Escrevo agora vez que voltei, ou estou voltando com vagar a esse nosso convívio. Estava impedido por razões imperiosas.

Então, já de volta a ao lado da Poesia, da Liberdade, do Amor e da Vida, agradeço a cada um e a cada um desejo longos tempos de paz e proteção.

Meu perfil já esclarece que sou "filho de um momento terno entre a Terra e o Sol, amante da Vida e da Poesia e afilhado do Tempo", e a eles rogo na certeza de que sou ouvido:

- Que vocês sejam felizes! Que sejam tempos felizes e inesquecíveis! Que o Rio de Janeiro, que o Brasil tenha Paz, toda a Paz que precisamos. Que tenhamos Justiça Social, que tenhamos capacidade de nos indignarmos contra o injusto. E, acima de tudo: que clamemos, que ergamos nossa voz nessa aliança por uma vida melhor para todos nós, sem exceção de ninguém: dos templos às calçadas, dos palácios aos presídios, pois enquanto houver um só injustiçado a Justiça não sorrirá sua plenitude. Não haverá Justiça!

Um beijo ao coração e à alma de todos.

Paulo da Vida Athos.

Ps. Amigo e Mestre Leotti, agradeço o acróstico de lisa cultura e pura poesia e amizade. Publicarei assim que estiver mais forte

quinta-feira, julho 12, 2007

MAR E LUZ, AMAR E LUCE. MARILUCE


Luce,

Mariluce

de

todas as luzes

e

dona

de

minhas auroras.






Você entrou em minha vida, em 29/10/1976. Menina ainda, ainda em flor, magnificamente bela, e seus olhos castanhos eram como dois lagos intocados e transparentes à minha alma. Poeta incurável e crônico, de pronto percebi que todos os meus amores haviam na verdade me preparado para aquele momento fantástico e indescritível: sim! Chegara o amor que eu esperara por uma vida inteira. Eu contava 25 anos (iria fazer 26 em agosto) e você contava com 17...

O mundo em que nos conhecemos era inóspito e selvagem. Você não percebera pela pureza de sua alma, de sua vida. Eu o ignorei solenemente por saber sonhar.

Sim, poetas sonham tridimensionalmente e desconstroem o mundo para reconstruí-lo de acordo com suas querências.

Naquele momento mágico minha alma encontrara sua parte perdida em algum ponto qualquer do universo e do passado e se reencontravam ali, no mundo da Música que é prima-irmã da Poesia. Fácil para um poeta perceber e se perder...

E me perdi me encontrando em seu olhar, em suas digas, em seu encantamento.

Pronto! Meu amor realizava sua plenitude e me tornava pleno e descobri que existia o orgasmo poético e até hoje seu sêmem jorra de meu interior em digas que dizem iras, em falas que falam de amor.

Mas ao entrar em minha vida trouxe muito mais. Eu, fruto de um momento de amor esquecido, tornei-me filho da Vida e afilhado da Liberdade tendo como Tempo o pai e minha casa eram todas as ruas de todas as cidades. E embora o amor e a capacidade de amar existissem em mim desde muito menino, e de força e intensidade indizíveis, poucas foram as vezes em que permiti sua manifestação, especialmente no período entre a minha primeira infância até meus treze anos. Depois o prendi e esqueci onde guardei a chave, até que você chegou naquela primavera com ela nas mãos e nos olhos.

Mas não foi só essa a chave que você me trouxe. Com ela trouxe aquilo que é a referência da Vida, a família. Trouxe um pai, uma mãe, uma irmã e até (veja como você é completa!), até um avô!!!

Papai Waldemar, mamãe Alba, Marialba, o nono...

Esse amor, ou essa forma de amar e de ser amado, aprendi sua plenitude através desse encontro, naquela primavera você acendeu todas as flores do jardim de minha vida. Aliás, quase todas...

Depois nos casamos. Na manhã de 17 de julho de 1982. Tinha que ser de manhã para que você com sua luz não acanhasse as luzes que seriam acesas nem a da lua e das estrelas que nas noites de inverno são sempre mais brilhantes.

Então sim, chegaram a Juliana e o Pedro, frutos de uma árvore enxertada por raízes vindas da luz, de Luce com seu dom de amar, já que Amar e Luce tem tudo em comum...

E, para completar a perfeição, Paula e Gustavo.

Nunca fui perfeito, vez que poetas não são perfeitos para esse mundo. Se fossem não tentariam mudá-lo com suas palavras e com sua inaceitação.

Mas como a Vida sempre me amou, colocou a perfeição para caminhar comigo ao longo dessa jornada e a cada dia que passa você é mais perfeita e a beleza que emana mais bonita.

Queria escrever isso mais adiante, mas o faço hoje para entregar para você ler mais tarde. Mas as digas do poeta são como filhos e logo as queremos ofertar à viva, ao mundo, ou a quem as inspirou.

Não! Não vou esperar nem mais um minuto e as coloco diante de seus olhos. Esse é o banquete que a Poesia me ensinou, o pão cuja massa aprendi a misturar com minhas lágrimas e sorrisos, alegrias e dores, nos momentos de fome ou de fartura, temperados com as qualidades do amor que você me ensinou a amar.

Bem que poderia esperar mais cinco dias (se tudo correr bem faremos Bodas De Prata e aguardaremos mais 25 anos para as de Ouro).

Mas o que são cinco dias diante do que tem a qualidade de eterno?

No mais, não esqueça que assim como seu amor nasceu para me amar... nasci para amar você.

Como na despedida de minha primeira carta escrita para você há 31 anos atrás, repito aquela frase...

- Beijo seus olhos!

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2007, 5 dias antes do dia 17 de julho, mas quase 31 anos depois em que em você descobri que somos um...

Paulo

quarta-feira, julho 11, 2007

MEUS IRMÃOS.



Cidão e Corsário,


Amanhã, quinta, estarei fazendo um exame e certamente tudo correrá bem e depois de amanhã estarei novamente amando e sendo amado pela vida. Esse amor é antigo e se renova a cada manhã, e mesmo quando aos meus olhos impermitiam contemplar o azul do céu, eu o via através dos olhos de minha imaginação. Coisa de poeta e de louco.

Escrevo agora quando a noite já caiu junto com a chuva para lavar o ar e as calçadas para minha alegria e prazer. Gosto muito do barulho dos pingos da chuva que cancionam em meu telhado (temos muita sorte de termos telhas em nossas casas), e essa canção me leva a tempos idos e a pés descalços correndo pelos paralelepípedos em regatas memoráveis onde os veleiros eram palitos de sorvete que pegávamos nas calçadas (claro que tinha sempre um mais engenhoso, mas de pouco sonhar, que fazia um barquinho de papel que não suportava as corredeiras nem os pingos das chuvas). E assim muitas foram as horas e as tardes de minha infância.

De lá para cá, nunca abri mão de meu maior tesouro: sonhar. Muito menos deixei de agradecer à Vida as coisas belas que me permitiu e permite viver, a mulher e os filhos que colocou em meu caminho, nem as lágrimas que derramei. Tudo isso fez de mim o que sou e gosto de ser quem sou.

Entre os tesouros que a Vida coloca em nosso alforje, nessa viagem sem começo nem fim, o amor e a amizade são os maiores e mais valiosos, mas, ao contrário de meu xará que ficou cego quando se dirigia para damasco: a Amizade é maior que o Amor.

Falo do alto de minha experiência em Amor! Afinal, quem convive mais com o Amor que o Poeta?

Muitos vivi até encontrar minha mulher que começou com a paixão, passou pelo Amor comum, até ser o que hoje é: o Amor-Amizade, que nunca morre.

Nunca tive nem fui de ter muitos amigos. Sou amante exigente e desconfiado...

Além de meus filhos e de minha mulher, amigos só tive ao longo da vida, quatro ou cinco. Desses, apenas vocês continuam vendo o mesmo azul e respirando as mesmas auroras que eu. Os demais se foram antes de mim, antes de nós, para o grande oceano indecifrável para onde todos irão um dia.

Por isso, por não saber se amanhã dançarei minha última valsa com minha derradeira namorada, quero aqui deixar registrados meus sentimentos, minha amizade, meu respeito, minha admiração e o grande amor-amizade que sinto por cada um de vocês que sempre estiveram presentes em minhas horas, independente se eram nubladas ou raiadas de luz.

Agradeço à Vida por ter conhecido e poder privar dessa amizade leal e inteira, que recebo de vocês.

Não poderia deixar de falar isso agora vez que faço o que manda meu coração, como todo poeta.

Vida longa, paz e saúde para os dois, para a mais velha, para as crianças e para os que amam vocês!

Rio de Janeiro, 20:28h do dia 11 de julho de 2007.

It was not an act of war in Lebanon

It was not an act of war in Lebanon. It was not an act of war, it was a terrorist act, a terrorist action that Israel carried out against Le...