domingo, dezembro 24, 2006

O Espírito do Natal


O Espírito do Natal



O Natal é a data em que comemoramos o dia do Poeta do Amor, Jesus.

Um dia importante para a humanidade, um dia fantástico de um Ser fantástico.

Ele pregava o Amor, Suas palavras recendiam agradavelmente esse sentimento.

“- Amarás!”, Ele clamava.

Andou por ruas e cidades tocando as pessoas com Suas mãos, com Seu olhar, com Suas palavras, com Seu amor.

Ao final da caminhada teve Seu corpo amoroso violentado com métodos que ultrapassaram os limites da lógica e da humanidade.

Mas, em razão da existência do Amor, Ele respondeu com o perdão.

“ - Perdoai-os, Pai!...”

Ainda jovem, li Gibran (O Profeta). Gibran foi meu segundo mestre a falar de Amor ao meu coração.

"Quando o amor vos chamar, segui-o..."

Ele também tinha uma forma diferente, encantadora, de falar sobre o Amor.

Se já amava o Amor com todos os seus ais, passei a amá-lo ainda mais. Sou depois de ser humano, um poeta.

Com todas as suas garras e precipícios que machucam e dilaceram: amo o Amor.

Responda: como poderia viver sem o Amor, apenas com o cérebro? Não tem as mesmas cores: o céu, o mar, nem tem o mesmo perfume a brisa que trafega na noite, quando apenas sentidas pelo cérebro, na ausência do Amor.

O Amor vive dentro da gente, não é o "outro". O "outro" é só o objeto iluminado pela luz de nosso Amor. Não! Convido-a antes a viver o Amor, com o coração, com a alma! Para onde você for, ele vai. Em você.

Viva-o!

Chore todas as suas lágrimas e ria todos os seus risos.

Amanhã, terá muitas histórias lindas para contar, para lembrar.

Serão então, seus tesouros.

Aceite esse convite: você ainda vai ser muito mais feliz que pensa. Muito mais que já foi.

Certamente ao longo da vida você vai chorar, muito.

E quando chorar: que seja por amor!

E não esqueça jamais: o verdadeiro Dia do Amor é o Dia de Natal!

Que todos os dias de sua vida sejam dias de Natal, é meu desejo maior!



Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2006.




Paulo da Vida Athos.





sexta-feira, dezembro 15, 2006

Quem sou...











 Por Paulo da Vida Athos


Gosto e sei ouvir. Quando ouço é que aprendo.

Não existe ideal que não seja utópico: na prática, conceitos se misturam.

Nunca prejulgo, nem gosto de ser prejulgado, rotulado, sem a mais ampla defesa.

Sinto pena dos radicais...

Radicalismo é estupidez! Cega!

Sou gato velho e gato velho não erra o pulo...

No mais, sou um homem comum.

Talvez com uma vida incomum, diria. Repleta de momentos e de histórias.

Sou como o oceano, às vezes carinhoso como as espumas que tocam as areias das praias.

Em outras, plena fúria contra obstáculos em meus caminhos.

E com profundezas, com mistérios, com muita vida em meu interior de milhões de anos.Sim, como o oceano e seus mares e marés para contar...

Sou filho de um momento terno entre a Terra e o Sol, amante da Vida e da Poesia e afilhado do Tempo.

O Amor é meu companheiro de viagem, juntamente com a Indignação; ambos são amigos e, mesmo os tendo, não critico seus defeitos, pois amigos a gente aceita como são.


Não tenho pretensão de modificar o mundo, de ser Dom Quixote, mas se puder fazer algo para torná-lo melhor, o farei.

Tenho ao meu lado, como guia, a Liberdade.

O mundo é um caminho regido pelo Destino e sustentado pela Eternidade, por onde ando e encontro pessoas e mestres e em cada dia que passa uma nova lição.

Sou aquele a quem a Vida ama e que ama a Liberdade.

Sou aquele que não se cala. Que nunca se calou.

Nem debaixo do sol ou da chuva.

Nem debaixo de pau.

Quanto mais apanho, mais grito.

Por mim, pelos que a covardia cala. Pelos que não têm voz!

A Luta é para mim estrada e ideal, além de companheira de caminhada.

Só temo temer. Calar diante da covardia. Não levantar a voz ou o punho para lutar contra a injustiça e os covardes.

Odeio tortura e torturadores, chacina e chacinadores, assassinos sejam agentes do estado ou criminosos comuns. São todos da mesma laia: covardes!

Desprezo aqueles que falam sobre coisas que nem sabem o beabá.

Sou um guerreiro e morrerei assim.

As marcas de minha alma e de meu corpo são medalhas.

Os anos duros não me calaram.

Os idiotas de ontem não me calaram.

Os idiotas e covardes de hoje não me calarão...

Só calarei quando encontrar minha derradeira e mais bela namorada: a Morte.

A partir de então... a Vida e a Liberdade falarão por mim!

Amo tudo que vivo e que vivi.

Até minha saudade.

Só nunca consegui deixar de odiar covardes e fanáticos religiosos, em qualquer grau.

Por uns sou odiado, por outros sou amado. Sem meio termo. Não vivo pela metade, nada.

No amanhã, alguns sentirão a ausência de minha voz e de meu perfume.

Mas que esses não se preocupem.

Um dia a gente, certamente, se encontrará por ai. Então perguntarei:

- "O que é a saudade senão a aflição dos sentidos e da alma que se rebelam, em razão da ausência?”

quinta-feira, dezembro 14, 2006


MÍDIA: O ÓPIO DO POVO





A sociedade não finge não ver. Na verdade, parte dela, e muito pequena, sabe sobre os grandes traficantes. A maioria esmagadora é tangida a olhar para o outro lado, o lado que a mídia expõe que é o tráfico praticado pelos fernandinhos, dos zezinhos e outros inhos mais.

A grande massa é isso mesmo: massa. Gado. Olha para o caminho que lhes é mostrado. Nada mais. A mídia coloca o assassino, o seqüestrador, o estrupador, o latrocida, os tiroteios e as balas perdidas, coisas que vendem muito jornal de papel e televisivo, nessa enganação histórica que provoca o sujeito alvo a aceitar que a culpa da miséria e da fome, da falta de habitação e do sistema de saúde, do abandono de nossas crianças que breve se tornarão bandidos e venderão mais jornais, é deles mesmos, desses bandidos cretinos que infestam nossas esquinas, guetos e favelas. Bom que morram na cadeia em alguma rebelião.

E a mídia acena com o canto da sereia da banalização da pena contra a banalização da vida e o povo morde a isca, e nossos legisladores de má fé ou por estupidez crônica aumentam as penas como se fosse possível ou razoável crer que se vá combater a criminalidade que nasce da miséria e do abandono com mais prisões.

Enquanto isso continua a pousar na pátria amada aviões carregados de cocaína, containeres passam por nossos portos-corredores portando toneladas do pó-do-diabo em direção à Europa, Japão e Estados Unidos, para destruir milhões e enriquecer alguns poucos: os verdadeiros barões do pó.

Historicamente as ditaduras sul-americanas sempre se valeram do tráfico. As décadas de ditadura deram know-how aos civis e reconheçamos que é muita grana para se largar assim de mão.

Hoje as poderosas associações criminosas do narcotráfico se expandiram, se sofisticaram, se globalizaram. Não estão mais engalanadas, estão dolarizadas. Não à toa vemos exércitos se digladiando na América do Sul, exércitos de um mesmo país, todos mercenários pagos pela cocaína, lutando em solo colombiano e na região amazônica.

No Brasil, para não fugir à regra, empresários bem sucedidos estão envolvidos. Sempre estiveram. Sempre estarão.

Durante décadas o Tio Sam sempre fechou os olhos para isso, e se é de seu interesse, ainda hoje fecha. Aliás, até investe no tráfico, e, quando não mais lhe interessa, derruba seu sócio, como ocorreu com Noriega. Quando decidiu invadir o Panamá, Bush pai despachou 20 mil soldados para enxotar Noriega do poder. Bush pai foi diretor da CIA, a quem Noriega serviu muitos anos como delator. Quando deixou de interessar aos americanos, tomou um bico - como tantos outros.

Logo, não é isso que chamo de Justiça Social. Isso é corrupção. Então, para combater a corrupção se deve atentar para os poderes que o dinheiro dá ao poder. A mídia faz parte do poder. Não estou dizendo que jornalistas são traficantes. Mas sim afirmando que os grandes empresários manipulam a mídia para que a população continue nessa viagem ofertada pela droga oferecida pela imprensa.

Tudo isso sem falar nos danos provocados pela corrupção de nossos políticos e os saques contra o erário. Mais danoso que um milhão de assaltantes...

Não é a religião nem o futebol o ópio do povo.

É a mídia!


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quarta-feira, dezembro 13, 2006


CANTO DE GUERRA





por Paulo da Vida Athos




Tenho ganas de arrancar desesperanças.

De erguer as cabeças baixas que por mim vejo passar.

De erguer os punhos dos braços inertes pelos quais cruzo,

nas ruas e nas calçadas da cidade em seu leito de medo.


Medo é morte prematura!


Morrem os sonhos e as esperanças,

morre o brilho no olhar e o ideal.


Morre a vontade! A vontade não pode morrer!

A vontade é vento sudoeste,

que se não afunda a nau, faz chegar depressa!


Que afunde a nau, pois que afunde! Pouco importa!

O poeta disse apenas que navegar é preciso:

não disse o quanto nem para onde!


Esse povo é minha nau e a vida o mar.

É preciso que navegue, que não caia na calmaria

do se deixar ficar, indolente e quedo, imerso em medo,

pois a história passa

e o mar de hoje é oceano do eterno.


Singremo-lo, portanto!


Despojados, despertos, diversos do que fomos,

se mudar também for preciso...


Mas que não se arrastem os mastros mestres

de nossos braços!

Eles sustentam o velame da embarcação que somos:

nossa alma!


E nossa alma precisa de vento,

como nós precisamos da Vida,

o prisioneiro, da Liberdade...

e a Democracia, de nós!


It was not an act of war in Lebanon

It was not an act of war in Lebanon. It was not an act of war, it was a terrorist act, a terrorist action that Israel carried out against Le...